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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ENCONTRO DE NOIVOS - MFC VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA

O Matrimônio é uma das maneiras de realizar essa vocação. É para isso que o Encontro de Noivos prepara os casais de noivos, para bem celebrarem o Sacramento Matrimônial e, principalmente, desenvolver uma vida a dois harmoniosa e cristã. O trabalho não para por aí, mas também quer incentivar os casais a perseverarem na fé após o casamento, freqüentando nossa paróquia, ou àquela mais próxima de onde residem, participando das pastorais na comunidade. Temos plena convicção que casais maduros que porventura assumam o Sacramento do Matrimônio irão gerar famílias sadias, portanto esta é a nossa forma de contribuir com uma sociedade melhor.

Ao final do encontro, os noivos recebem um certificado de participação do Encontro de Noivos preparatório para o matrimônio.

Encontro de Noivos (Dias 04, 05 e 06 de Fevereiro 2011)
Realização: Movimento Familiar Cristão - Área Catedral
Paróquia Nossa Senhora das Vitórias - Vitória da Conquista/BA

"Ao criar por amor a humanidade à sua imagem, Deus
inscreveu no homem e na mulher a vocação, e, portanto,
a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão" 

MFC/SP - Reunião do Conselho e Encontro marcados.

O Conselho Estadual do Movimento Familiar Cristão de São Paulo estará reunido nos dias 19 e 20 de fevereiro na cidade de Tupã com a presença do casal Edimar e Margarida, coordenadores estaduais e as coordenações de cidades de todo o estado.

A coordenação estadual de São Paulo já definiu para o dia 15 de maio o 1º Encontro Paulista do MFC (EPA), na cidade de Descalvado. Será um encontro único, diferente de tudo que já aconteceu no MFC paulista.

UM PAÍS EM DESENVOLVIMENTO

Gilson Romeiro - Grupo Mãos Dadas

Gilson Romeiro
Grupo Mãos Dadas
Movimento Familiar Cristão/Alagoas

Será que nós cristãos temos que aguentar o intolerável, ou tentar simplesmente não enxergar que nosso país está no caos?... Precisamos dá nossa resposta à sociedade vigiando e gritando por um país verdadeiramente cidadão.

Impressionante como nós brasileiro somos tolos, vendo no nosso dia a dia desastre de magnitude exorbitante e quando não falamos nada, o aceitamos, o pior de tudo é que nos colocam na situação de países desenvolvidos, não dá para vê tanto desastre no Brasil onde muitos cidadãos estão perdendo tudo que tem e que construiu ao longo de sua vida, e o pior perdendo sua vida e de entes queridos.

Precisamos da um basta nisso tudo, caso queiramos ser um país em desenvolvimento e com economia em ascensão temos que cuidar primeiramente de infra-estruturar do país inteiro, “existe muita gente pobre no Brasil”, ou não querem enxergar isso? Cidadania é um dever absoluto do Estado, mas precisamos forçar a classe política a deixar de ser “Hipócrita”, acabam falando, falando e nada se resolve claro resolve-se o que interessa a cada um deles, até porque só olham para seus umbigos.

O interessante de tudo isto é a maioria dos brasileiros acabam agindo de forma igual à classe política, mas é explicável todo isso, muitos não tem um referencial e ao ver exemplos de individualistas multiplicados pela mídia brasileira, acabam achando que tudo é normalíssimo. O que fazer pra corrigir tais erros, com uma população que nem tempo de olha o que é certo ou errado, correm tanto para sobreviver tentando achar a tal cidadania que se esquece de olhar ao seu redor e melhorar seus atos de correção ética. Há! Que ética? A ética mostrada pelos políticos?

Que cidadãos realmente temos que ser? O que tenta viver correndo para se alimentar, digo, tentando se alimentar! Ou aquele que concorda com tudo porque já tem sua vida estabilizada? Perguntas todas interessantes! Porém de difícil resposta pela maioria da sociedade.

O que nos resta como participe da sociedade e mentores diretos da riqueza brasileira, até porque a carga de impostos brutalmente colocados pelo estado, mostrar que não é país que esta em desenvolvimento, mas uma pequena classe econômica que ora esta com toda riqueza brasileira. “MUITOS SEM NADA, POUCOS COM TUDO” como disse o compositor Renato Russo:

QUE PAÍS É ESSE
Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na
morte eu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

domingo, 30 de janeiro de 2011

CORREIO MFC BRASIL Nº 254


Formar pessoas é um processo permanente que se realiza na convivência e na comunicação interpessoal entre os mais próximos, e se complementa nas relações sociais ampliadas, especialmente através da escola, da leitura, dos meios de comunicação social e da participação em estruturas sociais e eclesiais intermediárias.
A convivência e a comunicação entre as pessoas mais próximas, entre as quais existam laços de afeto e confiança, são os fatores decisivos para o desenvolvimento da personalidade. O exemplo de vida, os princípios éticos que orientam comportamentos dos que convivem mais de perto, no cotidiano, são marcantes na formação das pessoas, no interior ou fora do ambiente familiar. Mas a família é, ou deveria ser, o lugar privilegiado para essa convivência humanizadora.

Família formadora de pessoas (I)
Helio Amorim*

A função de formar pessoas, na família, não é uma atribuição exclusiva dos pais em relação aos filhos. Tem mão dupla ou múltipla. É um processo permanente que envolve todos os membros da família. Não só os filhos, mas os pais e outros membros da família vão amadurecendo sua própria personalidade, nos seus múltiplos aspectos social, afetivo, emocional, sentimental, intelectual. Esse movimento ocorre no confronto cotidiano, ora convergente, ora conflitivo, com seus filhos e filhas que deles absorvem e reelaboram experiências e conhecimentos, devolvendo-os freqüentemente modificados. Retornam freqüentemente como questionamentos vivos às convicções dos pais.
Na formação da pessoa, trata-se de apoiar o desenvolvimento dos impulsos que Deus colocou em cada ser humano, orientando-os para uma verdadeira humanização, contribuindo para que não sejam sufocados, exacerbados ou desviados dessa direção humanizadora.

O primeiro, o impulso de viver, de buscar uma apreciável qualidade de vida, é frequentemente sufocado pela situação de pobreza e de miséria, problemas sociais gravíssimos cuja solução escapa das possibilidades da família, isoladamente.

Mas vemos, também, a exacerbação desse impulso nas famílias das classes médias que, bombardeadas pela propaganda, incapazes de estabelecer limites, induzem seus membros a uma busca desenfreada de posse de bens materiais, consumo e prazer, e até a péssimos hábitos de alimentação e lazer, como respostas equivocadas ao anseio por crescente qualidade de vida. As consequências costumam ser a insatisfação crônica, a angústia própria da busca de maiores rendimentos para sustentar o padrão desregrado de consumo. Também são consequentes o aumento da carga de trabalho, a perda de capacidade de ajuda aos que vivem em condições de pobreza e miséria, o desenvolvimento de uma mentalidade hedonista e consumista desumanizadora. Até surgirão muitas vezes problemas de saúde e de desenvolvimento físico e mental.
Não se pretende que a família bloqueie, e sim, ao contrário, valorize em seus membros a busca saudável de qualidade de vida, de alegria e prazer. Mas que exercite uma saudável austeridade nessa busca, desmistificando as mensagens que a identificam com a posse e consumo desmedido de bens materiais e formas frustrantes de prazer efêmero e desgastante, dentre as quais a sempre presente ameaça do alcoolismo e das drogas. Para as famílias das classes menos favorecidas, nem se pode falar em qualidade de vida, quando o desafio é a sobrevivência biológica, na luta contra a fome e a doença, por teto para morar ou terra para cultivar.

Na formação da pessoa, o impulso de socialização encontra na família um cenário privilegiado. A estreita convivência, quando a família dispõe de uma moradia digna, com espaços e privacidade adequados, cria condições favoráveis para um relacionamento interpessoal mais profundo e humanizador.

Grande número de famílias não desfruta desse privilégio. Entretanto, mesmo naquelas famílias em que essas condições físicas de moradia estão razoavelmente atendidas, as relações intrafamiliares também podem ser desgastantes e minar toda possibilidade de um encontro verdadeiro entre pessoas.
O principal obstáculo para esse encontro interpessoal humanizador é estarem todos, frequentemente, presos a papéis e funções que sufocam a capacidade de serem simplesmente pessoas. Fixar-se no papel de pai, mãe, marido, esposa, filho, com suas respectivas funções a serem exercidas vinte e quatro horas por dia, é fatal para uma verdadeira socialização que só se realiza no encontro de pessoas, sem suas máscaras funcionais. Há momentos para umas e outras. Mas estas devem predominar sobre aquelas, na família. Há exemplos de papéis mal formulados especialmente desastrosos. O homem autoritário que, em nosso contexto ainda machista, se assume como chefe da família, ou cabeça do casal, não tem condições de estabelecer com a esposa e filhos uma verdadeira relação interpessoal. A mulher submissa e serviçal que se assume como responsável pela solução de todos os problemas familiares e dedica heroicamente todo o seu tempo a essa função, acaba por se anular como pessoa e não será capaz de manter um verdadeiro encontro interpessoal com as próprias pessoas a que pretende servir. O filho educado para ser dependente das ordens e instruções de seus pais, sem outras responsabilidades familiares senão a obediência às regras próprias do seu papel, não aprenderá a relacionar-se como pessoa, nem mesmo com seus pais e irmãos.
O relacionamento interpessoal verdadeiro supõe a capacidade de os personagens saberem se desvencilhar de suas máscaras funcionais e se encontrarem simplesmente como pessoas, revelando seus sonhos e medos, suas convicções e dúvidas, as expressões simbólicas de seus sentimentos e afetos, seus projetos de vida e preocupações, sua força e suas debilidades, sua sabedoria e ignorância, o perdão e os conselhos pedidos e oferecidos. Também a acolhida respeitosa à idéia diferente e à proposta inesperada, o risco aceito com aflição, em suma, tudo o que nos revela como pessoas e não personagens de uma coreografia mal encenada.
O desenvolvimento de uma afetividade madura passa por essa forma de relacionamento interpessoal profundo, seja entre os esposos, seja entre pais e filhos e demais membros da família. Nas famílias regidas por um casal, o seu relacionamento afetivo, vivenciado de forma transparente, com suas representações simbólicas habituais, é uma resposta visível ao impulso para o encontro homem-mulher, já então vivenciado. Mas é, ao mesmo tempo, estímulo para o desenvolvimento harmonioso e humanizador desse mesmo impulso nos seus filhos e filhas, como elemento essencial na sua formação como pessoas.
Nas classes sociais despossuídas, a falta de moradia digna desse nome, a desestruturação dolorosa e a instabilidade familiar muitas vezes imposta pela miséria, desemprego habitual, mobilidade geográfica em busca de trabalho e tantas outras dificuldades, essa função de socialização fica duramente prejudicada.
(Conclui no próximo Correio).
*Extraído de “Descomplicando a fé”. Editora Paulus.

sábado, 29 de janeiro de 2011

CORREIO MFC BRASIL Nº 254


Formar pessoas é um processo permanente que se realiza na convivência e na comunicação interpessoal entre os mais próximos, e se complementa nas relações sociais ampliadas, especialmente através da escola, da leitura, dos meios de comunicação social e da participação em estruturas sociais e eclesiais intermediárias.
A convivência e a comunicação entre as pessoas mais próximas, entre as quais existam laços de afeto e confiança, são os fatores decisivos para o desenvolvimento da personalidade. O exemplo de vida, os princípios éticos que orientam comportamentos dos que convivem mais de perto, no cotidiano, são marcantes na formação das pessoas, no interior ou fora do ambiente familiar. Mas a família é, ou deveria ser, o lugar privilegiado para essa convivência humanizadora.
Família formadora de pessoas (I)
Helio Amorim*
A função de formar pessoas, na família, não é uma atribuição exclusiva dos pais em relação aos filhos. Tem mão dupla ou múltipla. É um processo permanente que envolve todos os membros da família. Não só os filhos, mas os pais e outros membros da família vão amadurecendo sua própria personalidade, nos seus múltiplos aspectos social, afetivo, emocional, sentimental, intelectual. Esse movimento ocorre no confronto cotidiano, ora convergente, ora conflitivo, com seus filhos e filhas que deles absorvem e reelaboram experiências e conhecimentos, devolvendo-os freqüentemente modificados. Retornam freqüentemente como questionamentos vivos às convicções dos pais.
Na formação da pessoa, trata-se de apoiar o desenvolvimento dos impulsos que Deus colocou em cada ser humano, orientando-os para uma verdadeira humanização, contribuindo para que não sejam sufocados, exacerbados ou desviados dessa direção humanizadora.
O primeiro, o impulso de viver, de buscar uma apreciável qualidade de vida, é frequentemente sufocado pela situação de pobreza e de miséria, problemas sociais gravíssimos cuja solução escapa das possibilidades da família, isoladamente.
Mas vemos, também, a exacerbação desse impulso nas famílias das classes médias que, bombardeadas pela propaganda, incapazes de estabelecer limites, induzem seus membros a uma busca desenfreada de posse de bens materiais, consumo e prazer, e até a péssimos hábitos de alimentação e lazer, como respostas equivocadas ao anseio por crescente qualidade de vida. As consequências costumam ser a insatisfação crônica, a angústia própria da busca de maiores rendimentos para sustentar o padrão desregrado de consumo. Também são consequentes o aumento da carga de trabalho, a perda de capacidade de ajuda aos que vivem em condições de pobreza e miséria, o desenvolvimento de uma mentalidade hedonista e consumista desumanizadora. Até surgirão muitas vezes problemas de saúde e de desenvolvimento físico e mental.
Não se pretende que a família bloqueie, e sim, ao contrário, valorize em seus membros a busca saudável de qualidade de vida, de alegria e prazer. Mas que exercite uma saudável austeridade nessa busca, desmistificando as mensagens que a identificam com a posse e consumo desmedido de bens materiais e formas frustrantes de prazer efêmero e desgastante, dentre as quais a sempre presente ameaça do alcoolismo e das drogas. Para as famílias das classes menos favorecidas, nem se pode falar em qualidade de vida, quando o desafio é a sobrevivência biológica, na luta contra a fome e a doença, por teto para morar ou terra para cultivar.
Na formação da pessoa, o impulso de socialização encontra na família um cenário privilegiado. A estreita convivência, quando a família dispõe de uma moradia digna, com espaços e privacidade adequados, cria condições favoráveis para um relacionamento interpessoal mais profundo e humanizador.
Grande número de famílias não desfruta desse privilégio. Entretanto, mesmo naquelas famílias em que essas condições físicas de moradia estão razoavelmente atendidas, as relações intrafamiliares também podem ser desgastantes e minar toda possibilidade de um encontro verdadeiro entre pessoas.
O principal obstáculo para esse encontro interpessoal humanizador é estarem todos, frequentemente, presos a papéis e funções que sufocam a capacidade de serem simplesmente pessoas. Fixar-se no papel de pai, mãe, marido, esposa, filho, com suas respectivas funções a serem exercidas vinte e quatro horas por dia, é fatal para uma verdadeira socialização que só se realiza no encontro de pessoas, sem suas máscaras funcionais. Há momentos para umas e outras. Mas estas devem predominar sobre aquelas, na família. Há exemplos de papéis mal formulados especialmente desastrosos. O homem autoritário que, em nosso contexto ainda machista, se assume como chefe da família, ou cabeça do casal, não tem condições de estabelecer com a esposa e filhos uma verdadeira relação interpessoal. A mulher submissa e serviçal que se assume como responsável pela solução de todos os problemas familiares e dedica heroicamente todo o seu tempo a essa função, acaba por se anular como pessoa e não será capaz de manter um verdadeiro encontro interpessoal com as próprias pessoas a que pretende servir. O filho educado para ser dependente das ordens e instruções de seus pais, sem outras responsabilidades familiares senão a obediência às regras próprias do seu papel, não aprenderá a relacionar-se como pessoa, nem mesmo com seus pais e irmãos.
O relacionamento interpessoal verdadeiro supõe a capacidade de os personagens saberem se desvencilhar de suas máscaras funcionais e se encontrarem simplesmente como pessoas, revelando seus sonhos e medos, suas convicções e dúvidas, as expressões simbólicas de seus sentimentos e afetos, seus projetos de vida e preocupações, sua força e suas debilidades, sua sabedoria e ignorância, o perdão e os conselhos pedidos e oferecidos. Também a acolhida respeitosa à idéia diferente e à proposta inesperada, o risco aceito com aflição, em suma, tudo o que nos revela como pessoas e não personagens de uma coreografia mal encenada.
O desenvolvimento de uma afetividade madura passa por essa forma de relacionamento interpessoal profundo, seja entre os esposos, seja entre pais e filhos e demais membros da família. Nas famílias regidas por um casal, o seu relacionamento afetivo, vivenciado de forma transparente, com suas representações simbólicas habituais, é uma resposta visível ao impulso para o encontro homem-mulher, já então vivenciado. Mas é, ao mesmo tempo, estímulo para o desenvolvimento harmonioso e humanizador desse mesmo impulso nos seus filhos e filhas, como elemento essencial na sua formação como pessoas.
Nas classes sociais despossuídas, a falta de moradia digna desse nome, a desestruturação dolorosa e a instabilidade familiar muitas vezes imposta pela miséria, desemprego habitual, mobilidade geográfica em busca de trabalho e tantas outras dificuldades, essa função de socialização fica duramente prejudicada.
(Conclui no próximo Correio).
*Extraído de “Descomplicando a fé”. Editora Paulus.

PARA DESCONTRAIR: Um pra mim, um pra você.


POSTADO NO BLOG DO MFC REENCONTRO - VITÓRIA DA CONQUISTA - BA

SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DAS CHUVAS NO RJ

Diante do momento preocupante que vive a Região Serrana do Rio de Janeiro, muitos têm se mobilizado para ajudar os desabrigados pelas enchentes e deslizamentos, decorrentes das fortes chuvas que começaram no domingo, 9. São mais de 500 mortes confirmadas pelo balanço divulgado pelas prefeituras, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

A CNBB lançou, na quinta-feira, 12, a Campanha SOS SUDESTE”, com o objetivo de arrecadar dinheiro que será doado às regiões atingidas pelas chuvas. Dom Demétrio Valentini sugere que no dia 30 de janeiro, todas as dioceses façam uma coleta em favor das vítimas das chuvas. Da mesma forma, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, deu início à campanha “Apelo à solidariedade em favor das vítimas da catástrofe na Região Serrana do Rio de Janeiro”. As ajudas serão encaminhadas às dioceses de Petrópolis e Nova Friburgo, localizadas nas áreas atingidas pela tragédia em questão.

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, na quinta-feira, 13, salientou que as dioceses de Petrópolis e Nova Friburgo, estão se mobilizando para atender as vítimas das chuvas. A arquidiocese do Rio já enviou R$ 20 mil para as dioceses de Nova Friburgo e Petrópolis e uma tonelada de roupas para Teresópolis.

O vigário geral da diocese de Petrópolis, monsenhor Paulo Daher, disse que os 60 párocos das 44 paróquias da diocese – que abrange o município de Teresópolis – estão mobilizados para acolher desabrigados e disponibilizar espaços nas igrejas para recepção de corpos.

Os itens de maior necessidade são: água mineral, alimentos de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais), leite em pó, colchões, roupa de cama e de banho e cobertores.

Qualquer pessoa poderá doar qualquer valor para ajudar os desabrigados da região Sudeste nas seguintes contas:

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (CEF)
Agência 1041 – OP. 003
Conta Corrente 1490-8

Ou

BANCO DO BRASIL
Agência 3475-4
Conta Corrente 32.000-5

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CONDIR NORTE

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO
CONDIR NORTE
1ª Reunião do Triênio 2010/2013
 
O Conselho Diretor Regional Norte comunica que está realizando sua primeira reunião do Triênio 2010/2013, iniciada em 28.01.2011, tendo prolongamento até 30.01.2011.

A reunião está sendo realizada em Macapá, estado do Amapá, na Igreja dos Capuchinhos, com a participação de 12 membros do Amapá, 02 do Amazonas, 04 do Pará e 04 do Maranhão.

COORDENAÇÃO REGIONAL NORTE

UM DESCARAMENTO SEM LIMITES


Fr. Marcos Sassatelli
Frade Dominicano. Doutor em Filosofia e em Teologia Moral. Professor na Pós-Graduação em DD.HH. (Comissão Dominicana Justiça e Paz do Brasil/PUC-GO). Vigário Episcopal do Vicariato Oeste da Arquidiocese de Goiânia. Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Terra



No dia 20/01/11, lendo na primeira página da Folha de S. Paulo a manchete "governador por dez dias recebe pensão para vida toda”, pensei que estava tendo um pesadelo. Não queria e não conseguia acreditar que a notícia fosse verdadeira. Infelizmente tive que cair na realidade. O governador chama-se Humberto Bosaipo (DEM-MT). Trata se de um descaramento sem limites, de um roubo e de um assalto aos cofres públicos. Como diz Eliane Cantanhede: "haja estômago!” (Folha de S. Paulo, 21/01/11, p. 2).

Reparem a artimanha e a má-fé do político: "Quando ainda era deputado estadual, Humberto Bosaipo foi o autor da emenda que mais tarde garantiria sua aposentadoria especial como ex-governador de Mato Grosso. Até 2000, só governadores e vices podiam pedir o subsídio vitalício. A emenda de Bosaipo substituiu a menção aos vices por uma definição ampla: 'Aqueles que os tenham substituído e que tenham assinado ato governamental'. Dois anos depois, Bosaipo, como presidente da Assembleia Legislativa, governou por dez dias” (Ib., p. A10).

A lei estadual assegurava a pensão vitalícia "até mesmo para quem ocupasse o cargo por apenas um dia, desde que, nesse período, tivesse assinado algum ato governamental” (Ib., 20/01/11, p. A4). Que assinatura cara! Realmente – como diz o Evangelho – os administradores desonestos agem sempre com esperteza! (Cf. Lc 16, 8).

O gasto anual dos Estados com aposentadorias e pensões para ex-governadores ou suas viúvas é de R$ 30.559.978. O valor daria para pagar uma aposentadoria de um salário mínimo para 4.993 pessoas, ou incluir mais de 37.000 famílias com benefício básico (R$ 68 mensais) no Bolsa Família, ou, ainda, construir 793 casas e comprar 1.030 carros populares. Recebem a aposentadoria vitalícia pelo menos 83 ex-governadores de dez Estados (AM, MA, MG, PA, PB, PR, RO, RS, SE e SC) (Cf. Ib., 21/01/11, p. A10).

em Santa Catarina, os pagamentos de oito ex-governadores e três viúvas "consomem quase R$ 237 mil por mês ou R$ 3,1 milhão por ano, contando o 13o (Ib., 24/01/11, p. A7). No mesmo Estado (o governo não informa se é por invalidez), "Hercília Catharina da Luz, 89, filha de Hercílio Luz, que governou Santa Catarina por três mandatos na República Velha (1889-1930), recebe atualmente (desde 1992) R$ 15 mil por mês dos cofres públicos” (Ib.). Que ladroagem!

Como se não bastasse, Minas Gerais e outros cinco Estados (AC, AL, MA, PA e PI) não repassam informações detalhadas sobre os benefícios pagos a ex-governadores. O governo mineiro não só não repassa, mas se recusa a dar estas informações, argumentando que leis de 2004 e lei assinada pelo atual governador Antônio Anastasia no dia 13/01/11 não o permitem.

E ainda, com a maior cara de pau, o senador eleito Jorge Viana (PT-AC), governador entre 1999 e 2006, defende o benefício como uma "salvaguarda”. Com sofismas, o senador afirma textualmente: "Dependendo do perfil de algumas pessoas, que se expõem nas atividades que desempenham, isso pode ser importante. Eu me expus muito quando ocupei o cargo, e acho que é importante hoje eu ter uma salvaguarda, inclusive para me proteger” (Ib., 22/01/11, p. A6). Quem diria! Até o PT, que se considerava o paladino da Ética!

"Desde 2007, o STF (Supremo Tribunal Federal) considera inconstitucional qualquer pagamento de pensão a ex-governadores” (Ib., 20/01/11, p. A4).

Apesar de todos os malabarismos legais usados, a aposentadoria vitalícia de ex-governadores (ou suas viúvas) é, portanto, inconstitucional e injusta; e a aposentadoria vitalícia de ex-governadores com mandatos “relâmpagos” - além de ser inconstitucional e injusta - é também uma aberração que causa profunda indignação e revolta.

Enquanto estamos denunciando o descaramento sem limites da aposentadoria de ex-governadores, a imprensa nos surpreende com mais uma notícia, que mostra a desfaçatez e o despudor de nossos políticos. "Além do pagamento de aposentadorias a ex-governadores, há Estados que também dão o benefício para ex-deputados estaduais. O Ministério Público questiona a legalidade destas remunerações em dois deles: Mato Grosso e Santa Catarina”.

No Estado do Mato Grosso, "decisões da Assembléia Legislativa permitiram que 16 deputados e ex-deputados conseguissem a aposentadoria vitalícia desde 1998. Os valores pagos vão subir para R$ 20 mil em fevereiro/11”.

Chega-se ao cúmulo do absurdo. "Entre os agraciados (com a aposentadoria de ex-deputados) estão o conselheiro do Tribunal de Contas Humberto Bosaipo, que governou o Estado por dez dias em 2002 e que também já obteve aposentadoria como ex-governador” (Ib., 23/01/11, p. A5). Que acinte!

Toda essa pilantragem institucionalizada – que parece não ter fim - revela a real motivação (não é certamente o bem comum), que leva muitos de nossos políticos a assumir cargos públicos. São políticos aproveitadores, interesseiros e sanguessugas.

Pedimos a OAB de cada Estado, envolvido nessa falcatrua contra a coisa pública, e a OAB nacional que tomem as providências cabíveis para que o dinheiro roubado seja restituído aos cofres públicos e para que os responsáveis sejam processados, julgados e exemplarmente punidos. É a única maneira de fazer justiça e reparar, de alguma forma, os prejuízos causados ao nosso povo pobre, explorado e excluído.

Enfim, precisamos tomar consciência dessa realidade iníqua e nunca mais votar em candidatos corruptos. Ao expressar a nossa cidadania, devemos ter presente que: "Não basta votar. Não basta mesmo escolhermos uma pessoa de 'ficha limpa' por mais importante e fundamental que ela seja. Nossa missão vai além: levar a pessoa 'ficha limpa' a ser eficaz e a se manter ética durante o mandato a serviço do bem comum. Devemos estar atentos para dar continuidade a outros Projetos de Iniciativa Popular, a exemplo do que resultou na Lei 9.840 e na Proposta denominada 'ficha limpa'.

Algumas experiências de participação popular já se tornaram luz no caminho dos cristãos comprometidos com a política como pedagogia promissora: a) Mandatos coletivos: têm levado a construir estruturas de maior participação dos eleitores e eleitoras durante o caminhar do mandato. O povo organizado pode mais facilmente expressar a sua voz com seus anseios, dificuldades e esperanças diante do Executivo e do Legislativo; b) Os 'Grupos de Acompanhamento ao Legislativo': se tornaram respeitados e eficientes em várias cidades, grandes ou pequenas. Revestem-se de autoridade moral, sendo a consciência coletiva do povo no Parlamento local. “Apresentam as prioridades com metodologia criativa” (CNBB – Pastorais sociais e outros Organismos. Eleições 2010: O chão e o horizonte, p. 3-4).

É só com uma efetiva e organizada participação na vida pública que teremos condições de combater as injustiças – como a aposentadoria vitalícia de ex-governadores – e começar a mudar a prática política.

CURITIBA RECEBERÁ MEFECISTAS DE TODO BRASIL

Em março, Curitiba receberá dirigentes estaduais e regionais do Movimento Familiar Cristão de todas as regiões do Brasil para o 1º SEMINÁRIO NACIONAL DO MFC que acontecerá na capital paranaense entre os dias 18 e 20 de março deste ano.

Curitiba foi escolhida para sediar o evento durante a reunião do Conselho Diretor Nacional (CONDIN) em outubro último, na cidade de Fortaleza, Ceará, com a participação de todos os coordenadores regionais.

1º SEMINÁRIO NACIONAL DO MFC foi estabelecido pela AGN de Vila Velha e tem a finalidade de reunir os coordenadores estaduais de todas as regiões do Brasil. No mesmo período acontecerão às reuniões do Conselho Diretor Nacional (CONDIN), Conselho Diretor Regional (CONDIR), Conselho Fiscal, Tesoureiros Estaduais e Regionais.

Os participantes do 1º SEMINÁRIO NACIONAL DO MFC serão hospedados por mefecistas do MFC CURITIBA e a alimentação ficará na responsabilidade do Conselho Diretor Nacional do MFC (CONDIN).

Durante seus 55 anos de vida o Movimento Familiar Cristão do Brasil construiu sua mística e seus carismas e perseguiu seus objetivos a partir da constante busca pela integração das famílias, reunindo-as em Equipes Base e a partir delas organizando-se numa estrutura que se ramifica por todo o território brasileiro.

A unidade sempre foi possível devido às constantes reuniões e encontros onde é avaliada a caminhada, metas de ação e objetivos, e o 1º SEMINÁRIO NACIONAL DO MFC será mais um momento de integração que produzirá bons frutos para toda a família mefecista brasileira.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DURAÇÃO DO CASAMENTO: UM DESEJO OU UM SONHO?


DURAÇÃO DO CASAMENTO: UM DESEJO OU UM SONHO?

Um dos antídotos mais naturais à nossa angústia de morte é fundar uma família e tornar-se alguém importante na sucessão das gerações. Todos os enamorados, segundo sua linguagem e sua cultura, experimentam um sentimento de eternidade e de plenitude no encontro amoroso.

O desejo de durar está ali na origem do casal, que nasce do prazer de sonhar junto, de uma vida em comum. Um casal que não sonha mais junto, que não mais constrói projetos comuns, que não investe em seu futuro conjugal, é um casal que está morrendo.

Será suficiente sonhar junto para que tudo ande bem? Infelizmente, não.

É necessário, mas não suficiente. Se o casal não acredita que sua felicidade é realizar seu sonho, então o sonho se torna ilusão; se o casal não se ajuda mutuamente com coragem e tenacidade, perseguindo a realização, o sonho aborta, vem a desilusão.

Tome como exemplo este casal modesto que vive num apartamento com seus dois filhos. Seu sonho? Uma casa com jardim. Põe todas suas economias para comprar um terreno. Ele, que é do ramo, vai construir sua casa: não há mais fins de semana, nem férias, e ele faz duplas jornadas, mas avança. Quando sua mulher lhe pede que pare um pouco, não se importando se a casa atrasar, ele não a entende e continua. Neste momento, a casa deixa de ser o sonho dos dois, passa a ser o sonho dele que o mobiliza completamente a ponto de por em perigo sua felicidade conjugal, sua família.

A vigilância e a reflexão são sempre necessárias para ajustar sonho e realidade. De sonhos loucos a sonhos mais sábios, o casal ultrapassa etapas no caminho da maturidade, vive, dura.

MAS POR QUE MUITOS CASAMENTOS NÃO DURAM?
Se o desejo de durar está inscrito na origem de todo casal, mantê-lo demanda muita energia de cada um. Ninguém pode reter à força seu companheiro ou, mais exatamente, constrangê-lo a amá-la. Pode mesmo haver casais que ainda vivem juntos, mas o casal está morto.

Vivemos uma época onde a necessidade de duração não é mais uma condição para assumir a aventura de uma vida a dois. Roussel, demógrafo da família, nos diz “O casal mudou mais em dez anos do que em um século, a coabitação se generaliza, a taxa de divórcios aumenta... Portanto, a família é mais do que nunca uma referência, mas o casal tornou-se um pacto associativo que comporta uma implícita cláusula de ruptura”.

Paradoxo: Ao mesmo tempo em que o casal permanece sendo a chave da felicidade compartilhada e um refúgio em um mundo profissional e social incerto e pouco terno, o engajamento com duração parece uma loucura.

Vive-se junto, casa-se, sem querer projetar-se para o futuro: Vamos ver se isto vai durar! No fundo de cada um está a hipótese do divórcio, da ruptura que cada qual parece não saber esconjurar. Por quê? As causas são múltiplas: Medo, dúvida de si e do outro, meio (ilusório!) de se proteger contra um acontecimento doloroso, meio de desculpabilizar-se de antemão, hábito de assegurar-se contra tudo, conseqüências de feridas anteriores que impedem o nascimento da confiança. Elas vêm da história de cada um e são também alimentadas por nosso modelo de sociedade.

UM ATO DE FÉ
A aventura do casal é antes de tudo um ato de fé. Mas que, por vezes, é difícil. Como perseverar sem acreditar que isto é possível? Com efeito, um dos lados perversos da dúvida é que ela não dinamiza os cônjuges para ultrapassarem as primeiras dificuldades, as crises normais do casal.

Certos casais vivem sua enésima experiência conjugal. Vendo que encontram os mesmos problemas, eles se interrogam e procuram compreender... e dão-se conta que seu primeiro casal poderia ter ultrapassado as dificuldades tão bem quanto o atual, se eles não tivessem sido tão rápidos em acreditar que seria impossível...

PARA TERMINAR
Lembremos que o divórcio se transforma em grande sofrimento, destrutivo de uma parte de si por cada um dos cônjuges. Com certeza, há divórcios que trazem alívio, quando a relação é dominada por elementos patológicos e mortíferos. Mas, na maior parte dos casos, a ruptura é vivida num movimento depressivo. Segundo a duração e a intensidade de sua vida conjugal, cada cônjuge deixa no outro uma parte de si; dor que se junta à perda do casal, perda de um espaço onde cada um acreditava tratar suas feridas e abrir-se em maior intimidade.

Intimamos a todos os casais, quer sejam debutantes, quer sejam mais idosos, a meditar esta reflexão de Pablo Neruda: “Eu te amo a fim de começar a te amar”, eterno começo, infinitamente insondável, do amor...
Baseado em texto de D. Balmelle, revista Alliance