Clarice, Geraldo, Juvanês e Olímpio
Equipe Base Sagrada Família
MFC Rondonópolis-MT
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que falar em política numa reflexão sobre famílias? A palavra
"política" vem do termo "pólis", palavra grega que quer
dizer cidade. Viver com honra numa cidade grega era participar das discussões
sobre as decisões a serem tomadas; daí o termo política para designar a arte de
tomar decisões numa cidade. Nesse sentido, todos somos políticos, pois nossas
ações, de um modo ou de outro, estão inseridas no espaço urbano, ou seja, todos
deveriam se sentir responsáveis pelas decisões a serem tomadas no município.
Contudo,
percebe-se claramente o desinteresse da maioria das pessoas, especialmente dos
jovens, em participar, conhecer ou se interessar por assuntos políticos. Isso
acontece devido a uma série de fatores, tais como: descrédito das ações de
muitos eleitos; falta de incentivo dos pais com relação ao assunto; falta do
sentimento de pertença à cidade e uma cultura alienante que desvia os jovens de
discussões mais críticas em relação à política.
Muitos
se esquecem de que as decisões de um país passam pela questão política, pois
são os representantes eleitos que aprovam as leis trabalhistas, da saúde, da
educação, da aposentadoria, de moradia, enfim, as leis que regulam nossos
direitos e deveres; as leis que definem o modo de viver de uma sociedade.
Deste
modo, todos nós somos responsáveis tanto pelos políticos que governam
atualmente quanto pelos que assumirão futuramente os cargos políticos. É no
seio das famílias que acontece a educação dos filhos: crianças bem educadas em
princípios éticos e morais, certamente serão lideranças honestas e
comprometidas com a sociedade.
Ao
contrário, crianças que aprendem desde pequenos que uma mentira não faz mal; que
pegar objetos de repartições públicas (mesmo
que seja um clips) e levar para a casa é algo correto; que não é necessário
zelar pela escola pública porque é de todos; que não aprende a preservar o meio
ambiente porque não é um espaço privado, etc, certamente serão péssimos
governantes. Daí a importância de se pensar seriamente nas questões políticas a
partir dos nossos lares.
Nos
últimos dez anos, em decorrência da acelerada degradação do meio ambiente e das
ameaças em relação ao uso da água potável; das denúncias de corrupção e da ação
da polícia na caça aos desonestos e da proposta educacional de inclusão social
e dos temas transversais na educação, acompanhamos um “despertamento” de muitas
pessoas e o interesse e participação em questões mais coletivas, por meio de
abaixo- assinados, de campanhas educativas, etc, mas ainda é pouco diante dos desafios
que exigem a participação política. Para uma formação mais sólida, é
interessante educar os filhos na fé cristã e na perspectiva de cidadãos
conhecedores de seus direitos e deveres, engajados na luta por uma sociedade
mais justa.
Aproveitando
as reflexões propostas pela Semana Nacional da Família, poderíamos conhecer
melhor como funcionam os órgãos responsáveis pela política em nosso meio. Por
exemplo, na cidade de Rondonópolis-MT foi criada a Lei Municipal Nº 4.005, de 25
de agosto de 2003, que institui a Semana Municipal da família a ser comemorada
sempre do 2º ao 3º domingo do mês de agosto.
Para efeito desta lei, deverá o Executivo Municipal mobilizar suas
secretarias, bem como convidar para parceria: a câmara municipal, a imprensa,
as escolas, as igrejas, as empresas, os clubes de serviço entidades em geral, a
fim de que todos possam, de forma articulada, colaborar para o bom êxito deste
projeto.
Como
família, qual tem sido o nosso papel na história de nossa cidade? O que temos
feito para melhorar a nossa cidade? Reclamamos de uma série de problemas, mas o
que temos feito para ajudar a solucioná-los? Um bom começo seria dedicar parte
do tempo para conversarmos sobre esse tema em nossos lares, lembrando que os princípios
básicos que aprendemos na família repercutem em toda a sociedade, como dizia um
antigo ditado popular: “o costume de casa vai à praça”.
Que
nós possamos, como famílias comprometidas, participar ativamente da vida
política, econômica, cultural, religiosa e social de nossa cidade,
especialmente no que se refere à nossa própria formação e à formação de nossos
filhos, pois como canta Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora/ não espera
acontecer”. A hora é agora... Pense nisso.
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