MORRE DONA IDÁLIA DO MFC LIVRAMENTO-BA

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aleceu no ultimo 31 de agosto a emefecista Idália Alves de Aguiar Lima, membro do Movimento Familiar Cristão em Livramento de Nossa Senhora – Bahia.

Idália faleceu aos 90 anos e deixa o marido Antônio, os filhos Maria Vitoria, Maria Cristina, Miguel Fernando, os netos Paola, Bruce, Cauê, Fernando e Márcia, a nora Ivete e muitos amigos.

A querida Professora de História, amada e reverenciada, pela família, pelos amigos e por toda a comunidade Livramentense, deixa um lindo exemplo de vida, para aqueles que tiveram o privilégio de desfrutar da sua companhia, no ambiente familiar, no exercício da profissão e nos serviços prestados à Igreja.

Para o MFC, Idália foi uma dos baluartes em Livramento de Nossa Senhora - BA, onde desenvolveu um trabalho digno de elogios.

HOMENAGEM

Márcia de Lourdes Soares Oliveira, ex-aluna de D. Idália, professora de Literatura e Língua Portuguesa do Colégio Estadual João Vilas Boas, de Livramento de Nossa Senhora – BA, escreveu o artigo “À MESTRA, D. IDÁLIA, COM CARINHO” que passamos a exibir abaixo:

À MESTRA, D. IDÁLIA, COM CARINHO

Márcia Oliveira

  

Perdemos uma das grandes referências da educação em nossa cidade. D. Idália partiu, aos 90 anos, completados dia 7 de abril deste ano. Muitas lembranças passam pela nossa mente, fruto dos anos em que ela exerceu a sua nobre missão de ensinar.

Ser um dos seus discípulos é mero fato. O que fica mesmo é a inapagável recordação do seu jeito simples e peculiar com que ministrava suas aulas, quando deixava correr entre as mãos a caneta e, ao mesmo tempo, passando ensinamentos aos aprendizes, que foram tantos.

Quando morre uma mestra, os livros silenciam, cadernos que registraram as mais belas lições são fechados e guardados na escrivaninha da nossa alma, uma lágrima cai suavemente sobre uma folha de papel, onde jaz uma última mensagem: Adeus!

Quem era presença constante, agora se transforma em ausência angustiante – uma saudade! A liberdade não necessita mais clamar pelo vento que, aos poucos, secarão as lágrimas, mas o canto e as orações serão entoados para que lembremos o seu nome: IDÁLIA.

É assim que estamos nos sentido, nesse momento. Um tanto abalados, tristes... sensação de abandono, de uma lição que ficou pendente e que, gostaríamos, de alguma forma, retomá-la e sabê-la de cor. De voltar ao tempo do Ginásio, do Centro Educacional João Vilas Boas – cenário hoje muito mais vazio do que antes, onde D. Idália esteve presente durante tantos anos, ensinando História e escrevendo sua própria história.

É impossível. Realmente é impossível, porque se fechou a cortina da vida terrena para ela, que, a partir de agora, viverá num mundo diáfano, ornado de luzes e melodias angelicais, anunciando outros horizontes, que, paulatinamente, surgirão à sua frente, descortinando todas as dores e dissabores, que, por ventura, tenha vivido na terra.

Uma nova realidade nasceu e, com certeza, seus ensinamentos a levarão para outras salas de aula, num local bem distante daqui. Muitas lições serão aprendidas, suavemente, de modo a transportá-la para o reconhecimento de que tudo valeu a pena!

Ela atendeu ao chamado de Deus. Foi se preparando gradativamente para esse encontro, ao longo da sua vida, servindo à igreja, comungando passo a passo a liturgia diária de boa cristã, esposa dedicada e companheira, mãe carinhosa, avó amorosa, amiga constante... mestra incansável, na vida e na profissão que abraçou, exercendo-a com extrema dedicação.

Choram Antônio, Vitória, Cristina, Fernando, netos, parentes, amigos. Choram também as amigas e colegas D. Rita Vilasboas e D. Ana Timbó, companheiras na vida e na profissão que as uniram ao longo de tantos anos de magistério. É um momento de adeus ou simplesmente um “até logo”, porque “amigos são para sempre”. São eternos.

Mestra querida, descanse em paz, no colo do Cristo, Este que foi o seu porto seguro, ao longo da sua vida, e que continuará sendo, iluminando seus passos nessa nova trajetória.

A você, ofereço o meu preito de saudades e os meus sinceros agradecimentos por tudo, por ter sido minha professora e depois colega, na honrosa missão de ensinar. Sei que, onde quer que se encontre, ouvirá a canção que nesse momento lhe dedico, com carinho, a canção “A um mestre com carinho”!