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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

EMOÇÃO MARCA A DESPEDIDA DOS FREIS CAPUCHINHOS EM SANTO ANTÔNIO DA PLATINA (PR)

Milhares de fiéis participaram da despedida dos
freis capuchinhos em Santo Antônio da Platina


C
om a presença de membros do Movimento Familiar Cristão e da comunidade católica de Santo Antônio da Platina – Paraná realizou-se no último domingo, 29, a Missa de Despedida dos Freis Capuchinhos da Paróquia, após 91 anos em Santo Antônio da Platina (83 anos como paróquia e outros 8 anos como capela de Jacarezinho).

Foi uma missa especial na Quadra ao lado da Igreja Matriz com a participação de milhares de fiéis que foram se despedir dos freis capuchinhos, muitos não conseguiram conter as lágrimas e durante várias vezes ouviram frei Daniel Heinzen repetir a frase “vale a pena ser bom, vale a pena fazer o bem”.

Foi um domingo histórico para a comunidade católica de Santo Antônio da Platina, com homenagens que provocaram muitas emoções a todos que estavam presentes.

A missa foi celebrada por frei Daniel Heinzen e co-celebrada pelos freis Portela, Carlos,Tosta, Márcio, Clemente, Pedrinho, Reiny, Itamar, Rivaldo, além do padre Vagner e o monsenhor Irineu.

No final da celebração que durou mais de três horas, os freis foram literalmente abraçados pela multidão, que, mais uma vez, evidenciou o carinho que sente por eles.

A mudança se deu por ordem do Exmo. Revdmo. Dom Antonio Benevente, bispo que nomeou como pároco de Santo Antônio da Platina o padre diocesano, Rosinei, que tomará posse solenemente nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, durante a celebração da missa na Igreja Matriz, a partir das 19h30min. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MFC DE TERRA RICA-PR TEM NOVA COORDENAÇÃO

Morro Três Irmãos no município de Terra Rica,
próximo à confluência dos Rios Paranapanema e Paraná.


O
 Movimento Familiar Cristão de Terra Rica - Paraná está com nova coordenação para o biênio 2012/2013. O casal Sebastião de Lúcio Milani e Aparecida da Silva Milani são os novos coordenadores.

Também fazem parte da ECCi os casais Valter Careno e Mercedes Coltre Careno (vice-coordenadores), José Osmilton Ruzzon e Cristiane Leal Ruzzon (secretários), Irineu Gasparotto e Maria Alice Gasparotto (tesoureiros).

O Movimento Familiar Cristão de Terra Rica funciona na Avenida Minas Gerais, nº 272, funcionando com quarenta participantes.

TERRA RICA
A história de Terra Rica sempre foi plena e até os dias de hoje orgulha aos seus munícipes. Seu nome originou-se em virtude da fertilidade da terra. Em seus cinqüenta anos de emancipação política, TERRA RICA conseguiu através do trabalho de seus pioneiros e com esperança em dias melhores, transmitir aos seus descendentes os mesmos ideais de progresso e desenvolvimento para prosseguirem confiantes no futuro.

O primeiro nome de Terra Rica foi Estrela do Norte. A localidade pertenceu ao Município de Mandaguari até 1950, ocasião em que passou a pertencer ao município de Paranavaí, quando neste mesmo ano, por força da Lei nº 13 de agosto de 1950, foi elevada a categoria de Distrito Administrativo.

As glebas que atualmente formam o Município de Terra Rica pertenceram inicialmente aos senhores Anis Abud e Adhemar de Barros, sendo transferidas em seguida à Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná – SINOP.

A SINOP era comandada pelos senhores Enio Pepino e João Pedro Moreira de Carvalho e em 1949 os primeiros marcos da sede do Município foram delimitados. Ainda no mesmo ano vieram as primeiras famílias: Belo e Leite.

Famílias de várias etnias migraram nesta terra, tendo destaque a colonização japonesa, italiana, portuguesa, todas oriundas do estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e outras regiões do estado do Paraná.

Terra Rica transformou-se em Município pela Lei Estadual nº 253 de 26 de Novembro de 1954 (Publicado no Diário Oficial do Estado nº 217, do dia 02 de dezembro de 1954) e instalado solenemente em 04 de Dezembro de 1955, data em que tomaram posse o primeiro Prefeito Municipal e a primeira Câmara de Vereadores.

O Município está localizado no norte do Estado do Paraná, micro-região norte novíssimo de Paranavaí e suas divisas encontram os seguintes Municípios: ao norte, com o Município de Euclides da Cunha Paulista, Estado de São Paulo; ao sul, com o Município de Guairaçá; à leste, com o Município de Paranavaí e a oeste, com os Municípios de Nova Londrina, Itaúna do Sul e Diamante do Norte. Sua latitude é de 22º42'34'' sul e longitude de 52º37'34'' oeste. Sua área geográfica equivale 676 km2 ou 67600 há, com altitude média de 432 metros acima do nível do mar.

Terra Rica se distancia a 550 km da capital Curitiba; 230 km de Londrina; 130 km de Maringá; 60 km de Paranavaí; 50 km de Nova Londrina. O padroeiro da Cidade é Santo Antônio de Pádua, comemorado no dia 13 de junho. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

LITURGIA DO 4º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 29/01/2012



UM ENSINAMENTO NOVO,
PROCLAMADO COM AUTORIDADE!
Jesus ensinava com autoridade. Sua doutrina era nova e ao mesmo tempo vinculada aos patriarcas e profetas. O povo que o escutava logo percebia que Ele era muito superior aos escribas e fariseus. O Mestre não só falava, mas operava sinais maravilhosos, mostrando sua misericórdia e expulsando a maldade. Ele é o Filho de Deus feito homem, nosso salvador e libertador.

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura: Dt 18,15-20
Salmo Responsorial:  94
2ª Leitura: 1Cor 7,32-35
Evangelho: Mc 1,21-28

EVANGELHO
MARCOS 1,21-28

21Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.

22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.

23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”.

25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”

26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.

27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”

28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Dom Henrique Soares da Costa

“TODOS FICAVAM ADMIRADOS COM O SEU ENSINAMENTO, POIS ENSINAVA COMO QUEM TEM AUTORIDADE, NÃO COMO OS ESCRIBAS”

Hoje a Palavra a nós proclamada mostra o Senhor ensinando. O Evangelho nos dá conta que seu ensinamento causava admiração. E por quê? Porque Jesus não é um simples mestre, um mero rabi... Vocês escutaram na primeira leitura o que Moisés prometera – ou melhor, o que Deus mesmo prometera pela boca de Moisés: “O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar!” Eis! Moisés, o grande líder e libertador de Israel, aquele através do qual Deus falava ao seu povo e lhe dera a Lei, anuncia que Deus suscitará um profeta como ele. E os judeus esperavam esse profeta. Chegaram mesmo a perguntar a João Batista: “És o profeta?” (Jo 1,21), isto é, “És o profeta prometido por Moisés?” Pois bem, caríssimos: esse Profeta, esse que é o Novo Moisés, esse que é a própria Palavra de Deus chegou: é Jesus, nosso Senhor! Como Moisés, ele foi perseguido ainda pequeno por um rei que queria matar as criancinhas; como Moisés, ele teve que fugir do tirano cruel, como Moisés, sobre o Monte – não o Sinai, mas o das Bem-aventuranças – ele deu a Lei da vida ao seu povo; como Moisés, num lugar deserto, deu ao povo de comer, não mais o maná que perece, mas aquele pão que dura para a vida eterna. Jesus é o verdadeiro Moisés; e mais que Moisés, “porque a Lei foi dada por meio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1,17). Jesus é a plenitude da Lei de Moisés, Jesus não é somente um profeta, mas é o próprio Deus, Senhor dos profetas, Senhor de Moisés! Moisés deu testemunho dele no Tabor e cairia de joelhos a seus pés se o encontrasse. Jesus, caríssimos, é a própria Palavra do Pai feita carne, feita gente, habitando entre nós!

Mas, essa Palavra não é somente voz, sopro saído da boca. Essa Palavra que é Jesus é tão potente (lembrem-se que tudo foi criado através dela!), que não somente fala, mas faz a salvação acontecer. Por isso os milagres de Jesus, suas obras portentosas: para mostrar que ele é a Palavra eficaz e poderosa do nosso Deus. Ao curar um homem atormentado na sinagoga de Cafarnaum, Jesus nosso Senhor mostra toda a sua autoridade, seu poder e também o sentido de sua vinda entre nós: ele veio trazer-nos o Reino de Deus, do Pai, expulsando o reino de satanás, isto é, tudo aquilo que demoniza a nossa vida e nos escraviza! – Obrigado, Senhor, Jesus, pela tua vinda! Obrigado pela tua obra de libertação! Muito obrigado porque, em ti, tudo é Palavra potente: tua voz, tuas ações salvadoras, teu modo de viver, teus exemplos, tuas atitudes! Tu não somente tens palavras de vida eterna; tu mesmo és a Palavra de Vida! Obrigado! Dá-nos a capacidade de escutar-te sempre!

Se Jesus é essa Palavra potente, Palavra de vida, então viver sua Palavra é encontrar verdadeiramente a vida e a liberdade. Na leitura do Deuteronômio que escutamos, Deus dizia, falando do profeta que haveria de vir: “Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe mandar.

Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as minhas palavras que ele pronunciar em meu nome”. Ora, se Jesus é a Palavra de Deus, então é nele que encontramos a luz para os nossos passos e o rumo da nossa existência. Num mundo como o nosso, que prega uma autonomia louca do homem em relação a Deus, uma autonomia contra Deus, nós que cremos em Jesus, devemos cuidar de nos converter sempre a ele, escutando sua palavra. Ele nos fala, caríssimos: fala-nos nas Escrituras, fala-nos na voz da sua Igreja, fala-nos íntimo do coração, fala-nos na vida e nos acontecimentos... Certamente, ouvi-lo não é fácil, pois muitas vezes sua palavra é convite a sairmos de nós mesmos, de nossos pensamentos egoístas, de nossas visões estreitas, de nossa sensibilidade quebrada e ferida pelo pecado. Sairmos de nós para irmos em direção ao Senhor, iluminados pela sua santa palavra – eis o que Cristo nos propõe hoje!

É tão grande a bênção de encontrar o Senhor, de viver nele e para ele, que São Paulo chega mesmo a aconselhar o celibato, para estarmos mais disponíveis para o Senhor. Vocês escutaram a segunda leitura da Missa deste hoje. O Apóstolo recomenda o ficar solteiro, não por egoísmo ou ódio ao matrimônio, mas para ter mais condições de ser solícitos para com as coisas do Senhor e melhor permanecer junto ao senhor. É este o sentido do celibato dos religiosos e dos padres diocesanos: recordar ao mundo que Cristo é o Senhor absoluto de nossa vida e que por ele vale a pena deixar tudo, para com ele estar, para, como Maria irmã de Marta, estar a seus pés, escutando-o e para ele dando o melhor de nós. O celibato, que num mundo descrente e sedento de prazer sensual, é um escândalo, para os cristãos é um sinal do primado de Cristo e do seu Reino.

Rezemos para que aqueles que prometeram livremente viver celibatariamente cumpram seus compromissos com amor ao Senhor e à Igreja. Rezemos também para que os cristãos saibam ver no celibato não uma armadilha ou uma frustração, mas um belíssimo sinal profético, um verdadeiro grito de que Deus deve ser amado por tudo e em tudo, acima de todas as coisas. Se os casados mostram a nós, celibatários, a beleza do amor conjugal e do mistério de amor esponsal entre Cristo e a Igreja, nós, solteiros pelo Reino dos Céus, mostramos aos casados e ao mundo que tudo passa e tudo é relativo diante da beleza, da grandeza e do absoluto dAquele que Deus nos enviou: o seu Filho bendito, sua Palavra eterna, Verdade que ilumina, liberta e dá vida. A ele a glória para sempre.

ORAÇÃO
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Amém!

sábado, 28 de janeiro de 2012

MFC VITORIA DA CONQUISTA-BA PROMOVE AÇÃO EM PROL DE SEMINÁRIO

Campanha pela reforma do seminário está envolvendo toda a comunidade


O
 Movimento Familiar Cristão de Vitória da Conquista – Bahia numa ação conjunta com a Pastoral Familiar, promovem no domingo, 5 de fevereiro, uma Quermesse com o objetivo de arrecadar recursos para a reforma do Seminário Nossa Senhora de Fátima, que necessita de uma reforma emergencial por conta de infiltrações decorrentes do mau estado do telhado.

Serão montadas barracas no pátio externo do Seminário para venda de salgados, tortas, pipocas, algodão-doce, batata-frita, espetinho e feijoada. Para a criançada, serão oferecidas atividades recreativas, espaço de leituras e de brinquedos. Para adultos e idosos, serão disponibilizados testes de glicemia e pressão arterial.

O evento envolve toda a família mefecista, membros da Pastoral da Família e toda comunidade de Vitória da Conquista.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

46ª MENSAGEM PARA O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Papa Bento XVI divulga mensagem para
 o Dia Mundial das Comunicações Sociais

O
 Papa Bento XVI divulgou na terça-feira, 24, a Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2012. Com o título “Silêncio e palavra: caminho de evangelização”, Bento XVI explica que as relações entre o silêncio e palavra são “dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.

Leia a íntegra da 46ª Mensagem para o DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS:

SILÊNCIO E PALAVRA: CAMINHO DE EVANGELIZAÇÃO

Amados irmãos e irmãs,

Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.

O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.

Grande parte da dinâmica atual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.

No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).

Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Onipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort.  ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.

Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.

Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.

Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.

Vaticano, 24 de Janeiro – Dia de São Francisco de Sales – de 2012.

BENEDICTUS PP XVI

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

MFC SANTO ANTÔNIO DA PLATINA PROMOVE MISSA EM HOMENAGEM A FREIS CAPUCHINHOS


O
 Movimento Familiar Cristão de Santo Antônio da Platina – Paraná promoveu na noite desta quarta-feira, 25, na Igreja Matriz, uma Missa Especial em homenagem aos Freis Franciscanos Capuchinhos que durante vários anos permaneceram administrando a Igreja Matriz de Santo Antônio da Platina.

A Missa teve inicio às 19h30min com a presença do Frei Provincial Rivaldo Vieira e dos Freis Daniel, Márcio e Portela e de membros do MFC e dos fieis católicos de Santo Antônio da Platina.

No próximo domingo, 29, às 9h30min, será celebrada a Missa de Despedida dos Freis Capuchinhos na quadra da Igreja Matriz.

A Missa de Posse dos Padres Diocesanos que passarão a administrar a Paróquia de Santo Antônio da Platina acontece na quarta-feira, 1º de fevereiro, às 19h30min, na Igreja Matriz, com a presença de leigos das pastorais e movimentos, autoridades eclesiásticas e da população católica.  

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MEFECISTA JAMES MAGALHÃES RECEBERÁ O TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO DE CAMPO ALEGRE-AL

James Magalhães de Medeiros
CONDIR/NE e MFC/AL

O
Coordenador Estadual Alagoas (ECE) e Regional Nordeste (CONDIR/NE) do MFC - Movimento Familiar Cristão, James Magalhães de Medeiros, receberá no próximo dia 8 de fevereiro, o Título de Cidadão Honorário do Município de Campo Alegre, Alagoas.

James Magalhães foi agraciado com o Título de Cidadão Honorário de Campo Alegre pelos relevantes serviços prestados à sociedade do município. O título foi concedido através da Lei Municipal Nº 602 de 21 de dezembro de 2011.

James Magalhães é natural de Maceió-AL, nasceu no dia 9 de fevereiro de 1948, filho do casal Francisco Tavares de Medeiros e Airine Magalhães de Medeiros, casado com Maria de Fátima Alves de Medeiros, de cuja união nasceu três filhos: Sandro, Leandro e Juline. É Bacharel em Direito formado pela Universidade Federal de Alagoas, turma de 1973.

James exerce atualmente o cargo de Desembargador Corregedor-Geral da Justiça do Estado de Alagoas; membro efetivo do Conselho Estadual da Magistratura; membro e diretor-adjunto da Secretaria de Direitos e Prerrogativas da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); membro e 2º vice-presidente do Colégio dos Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil; vice-presidente da Academia Alagoana de Letras e Artes de Magistrados; vice-presidente da Academia Maceioense de Letras; membro da Academia Alagoana de Letras; e coordenador Estadual Alagoas e Regional Nordeste do Movimento Familiar Cristão.

A entrega do título acontecerá em sessão solene na sede da Câmara Legislativa Municipal de Campo Alegre, às 9 horas, com a presença de mefecistas, familiares, amigos e autoridades dos poderes legislativo, executivo e judiciário.

O mefecista James Magalhães já foi condecorado com títulos de Cidadão Honorário das Cidades de Traipu, Santana do Ipanema, Arapiraca e Junqueiro, além de várias Comendas e Medalhas recebidas nos âmbitos municipal, estadual e nacional.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

REUNIÃO MARCA INICIO DA NOVA ECCi DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA-PR

Nova ECCi de Santo Antônio da Platina - PR.

A
 recém empossada ECCi – Equipe de Coordenação de Cidade de Santo Antônio da Platina – Paraná, Gestão 2012/2013, esteve reunida no ultimo 13 de janeiro na Capela do Jardim Colorado.

A nova ECCi tem como casal coordenador de Cidade – Nilton e Luciana e na vice-coordenação o casal Anderson e Maristela. A Secretaria é formada pelos casais Vinicius e Fernanda Diniz - Pedro e Márcia. Na Tesouraria os casais Jair (Sicredi) e Silvia - Edvaldo e Arlete.

Compõe as demais Equipes os mefecistas Jairzinho e Silvia (Equipe de Encontro de Casais); Zé Miguel e Hélia (Equipe de Encontro de Noivos); Bandeira e Rosemar (Equipe de Encontro de Casais Sacramentáveis); Lucas e Haylaine (Equipe de Encontro de Legitimação de Casamentos); Sebastião e Georgina – Walter e Célia (Equipe de Canto); Haroldo e Mariuza (Equipe de Liturgia); Dilson e Marciane (Equipe de Oração e Espiritualidade); Arruda e Rose (Equipe de Formação e Capacitação); Jeferson e Gisele (Equipe de Comunicação); Jaci Alemão (Equipe de Patrimônio); Kélita (MFC Jovem); Jayro e Tatiana (Casal Assistente do MFC Jovem); Everson e Cleuza (Equipe de Nucleação); Orlando e Fátima (Equipe de Expansão);

A Equipe de Promoção e Festas foi subdividida, ficando as coordenações por eventos: Claudinei e Neli (Jantar dos Namorados); Francisco Caldi e Luiza (Efapi); Roberto e Elaine (Festa do Milho); Isaias e Sônia (Festa do Asilo); Edson e Denise (Festa Junina); Fabiano e Juliana (Dia de Lazer); Francisco e Marilucia – Giovanne e Gissele (Eventos do MFC Infantil).

A Equipe de Cozinha terá a coordenação-geral de Pedro e Fátima e será subdividida em duas Equipes composta dos casais Luiz e Janete (Equipe de Cozinha 1) e Enéias e Roseli (Equipe de Cozinha 2).

Completando a Equipe da ECCi de Santo Antônio da Platina-PR, os casais Edmilson e Ivete (Equipe de Ação Social – Casa Lar); Osni e Diva (Equipe de Formação para Animadores e Coordenadores) e Thiago e Karla (Equipe de Teatro).

Coloquemos em oração esses casais e todo o MFC para que possam trabalhar com as bênçãos de Deus e a proteção da nossa Mãe Santíssima.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A DESAGREGAÇÃO DAS ESTRUTURAS FAMILIARES

  

A DESAGREGAÇÃO DAS
ESTRUTURAS FAMILIARES

M
uito se tem falado e escrito, nesses últimos tempos, sobre o fenômeno da explosão da violência criminal. Todo mundo quer dar a sua opinião a respeito do que estaria provocando o crescimento da violência. Explicações simplistas, como as que têm reduzido o fenômeno da violência à ineficiência policial e à pobreza social, ficam sem respaldo frente aos relatórios que confirmam o atual aumento da violência criminosa em quatro países altamente desenvolvidos. O que, então, estaria promovendo o aumento da violência criminal, tanto em países ricos como pobres?

VOLTANDO O OLHAR PARA A FAMÍLIA

Embora tenha estado fora de moda, constata-se que sérios analistas sociais tendem a retroceder e voltar sua ótica para a Família. Uma das hipóteses que outra vez toma vulto é a de que o fenômeno da criminalidade estaria fortemente vinculado à cultura pós-moderna ou pós-industrial. E, todos sabemos, a atual fase da história tem a desestruturação familiar como um marco saliente, ocasionando uma ineficiente socialização da criança, além de outros problemas. Já em 1995, o Conselho das Famílias dos Estados Unidos publicou relatório afirmando que a sociedade americana estaria melhor se mais gente casasse e permanecesse casada, além de dizer, literalmente, que a "cultura do casamento" ajuda a combater a pobreza e a delinqüência juvenil e que a instituição familiar pode até estar em crise, mas nenhuma outra instituição proporcionou uma melhor forma de criar os filhos, no curso da história humana.
        
Afinal, o que vem a ser "estrutura familiar?” Que quer dizer o analista social, quando se refere à desestruturação familiar como uma das causas da violência criminal?

ESTRUTURA FAMILIAR

A estrutura familiar é o conjunto invisível de exigências para o bom funcionamento de uma família e, ao mesmo tempo, é ela que organiza a maneira como os membros de uma família interagem. Uma família estabelece, explícita ou implicitamente, os padrões de como, quando e com quem vai se relacionar. Por exemplo, quando uma mãe diz a seu filho para tomar o seu suco e ele obedece, esta interação entre mãe e filho define quem ela é em relação a ele e quem ele é em relação a ela, naquele contexto e naquele momento. Quando operações semelhantes se repetem, tornando-se um hábito, elas formam um padrão de interação. O conjunto desses padrões de interação constitui a estrutura familiar que, por sua vez, governa o funcionamento dos membros da família. Se, em uma família, historicamente as mulheres lavam a roupa, fica estabelecido, mesmo que implicitamente, que essa é uma tarefa feminina. De tanto repetir esse comportamento, ele vai tornar-se um padrão e vai entrar na lista dos padrões que comporão a estrutura daquela família.

CONCRETAMENTE, O QUE ESTÁ SE DESESTRUTURANDO NA FAMÍLIA?

Quando falamos em desestruturação familiar, estamos querendo dizer que um ou mais padrões de relacionamento familiar estão funcionando inadequadamente. Por exemplo, como se vivencia a autoridade dentro da família, como são estabelecidos e respeitados os limites e a liberdade de cada membro, que importância se dá à expressão do afeto e à convivência familiar, como a família realiza a adaptação às mudanças da sociedade, como lida com a sexualidade, como entende os papéis de cada membro, que valor e que lugar dá aos bens materiais, ao trabalho, à solidariedade, à prestação de serviço, à espiritualidade, etc. Dizer que as famílias estão se desestruturando é afirmar que um ou mais desses elementos estão em crise.

FAMÍLIA E SOCIEDADE      

Importa lembrar que a desestruturação familiar e a desestruturação da sociedade são interdependentes e estão vinculadas de tal forma que uma não pode ser entendida como causa simples da outra. Ambas são causa e ao mesmo tempo efeito e interagem constantemente, co-produzindo-se. Isolar a família da sociedade gera falsas análises, tanto de uma como de outra.

domingo, 22 de janeiro de 2012

LITURGIA DO 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 22/01/2012



"TUDO COMEÇA COM
UMA BOA NOTÍCIA!"
Muitas vezes vemos e sentimos no mundo a luta pelo poder. O projeto de Deus, porém, traz a realização plena para o ser humano, sem que ele necessite possuir poder e glória para ser feliz. Essa é uma descoberta que podemos fazer. Diante de nós está a Palavra da verdade, o Evangelho de Cristo que nos resgata para a vida e nos realiza plenamente já neste mundo. Sem Deus ninguém é feliz nem pode fazer coisa alguma que construa autenticamente a pessoa neste mundo.

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura: Jn 3,1-5.10
Salmo Responsorial:  24
2ª Leitura: 1Cor 7,29-31
Evangelho: Mc 1,14-20

EVANGELHO
MARCOS 1,14-20
14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo:

15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”

16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”.
18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus.

19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Dom Henrique Soares da Costa

CONVERTEI-VOS!

Nestes inícios do tempo comum, a liturgia apresenta-nos também os inícios do Evangelho segundo Marcos. Hoje Jesus aparece inaugurando seu ministério público. Suas palavras são consoladoras: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo!” Eis! A esperança de Israel até que enfim iria realizar-se: o Messias, o Salvador esperado estava chegando para instaurar o Reino! Com Jesus, com sua Pessoa, seus gestos e sua pregação, o Reinado de Deus, a proximidade do Santo de Israel, seria realmente tocada pelo povo de Deus. É isso o Reino de Deus: em Jesus, Deus fez-se próximo, Deus veio acolher, consolar, indicar o caminho, salvar! Em Jesus, o Filho amado, Deus veio revelar sua paternidade, debruçando-se sobre o aflito, o pobre, o pecador. Chegou o Reino: Deus veio consolar o seu povo!

Mas, há algo surpreendente nesse alegre anúncio de Jesus: logo após afirmar que o Reino chegou, o Senhor intima o povo: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” Por que Jesus dá esta ordem? Os israelitas não estavam esperando o Reino? Por que precisam se converter?

O Reino que Jesus veio trazer não é de encomenda, não é sob medida, como gostaríamos. O Senhor não vem nos trazer um Deus à nossa medida, à medida do mundo, um deus moderninho para consumo das nossas necessidades, interesses e expectativas. No mundo do fácil, do prático e do descartável, gostaríamos de um deusinho assim... Jesus nos grita: “Convertei-vos! Crede no Evangelho!” O Reino somente será Boa-Notícia para quem abrir-se à surpresa inquietante do Deus que Jesus anuncia. Acolher a novidade, a Boa-notícia, o Evangelho, acolher esse Deus que chega, exige que saiamos de nós mesmos, como os ninivitas que, escutando o apelo de Jonas, converteram-se! Mais tarde, Jesus irá criticar duramente o seu povo: “Os habitantes de Nínive se levantarão no Julgamento, juntamente com esta geração, e a condenarão, porque eles se converteram pela pregação de Jonas. Mas aqui está algo mais do que Jonas!” (Mt. 12,41). Como é atual a Palavra deste domingo! Cheios de nós, adormecidos e satisfeitos com nossos pensamentos, com nossa lógica cômoda e pagã, jamais poderemos acolher o Reino em nós e experimentar sua alegria e sua paz! Não esqueçamos, caros em Cristo: a primeira palavra do Senhor no Evangelho é “convertei-vos!” Não é possível domar Jesus, não é possível um cristianismo sob medida! Não é por acaso que o Evangelho de hoje começa falando da prisão de João Batista, aquele santo profeta que preparou a vinda do Reino. O Reino sofre violência; violência do mundo, violência do nosso coração envelhecido pelo pecado, da nossa razão tanta vez fechada para a luz do Cristo. Por isso mesmo, logo após apresentar o apelo de Jesus, são Marcos nos fala da vocação dos quatro primeiros discípulos. Certamente, esse chamado deve ser compreendido de modo muito particular como referindo-se à vocação sacerdotal, que faz dos chamados “pescadores de homens”. Mas, esse chamamento indica também a vocação de todo cristão: seguir Jesus no caminho da vida. Nesse sentido, a lição é clara: seguir Jesus exige deixar tudo, deixar-se e colocar a vida em relação com o Senhor! Somente assim poderemos acolher o Reino!

Nunca esqueçamos: diante da urgência de estar com Jesus, de viver unido a ele, de acolher sua pessoa, tudo o mais é relativo! Daí a advertência de São Paulo na segunda leitura de hoje: “O tempo está abreviado. Então que, doravante os que têm mulher vivam como se não tivessem, os que choram, como se não chorassem e os que estão alegres, como se não estivessem; os que fazem compras como se não possuíssem; e os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois passa a figura deste mundo”. Aqui, não se trata de desvalorizar o mundo e o que de belo e de bom há nele. Trata-se, sim, de colocar as coisas na sua real perspectiva, na perspectiva do Infinito de Deus e da urgência do Reino. O mundo atual, com sua cultura pagã, deseja que esqueçamos os verdadeiros valores, que absolutizemos aquelas coisas que são relativas, que deixemos de lado aquilo que realmente importa. E o que importa? Escutai, caríssimos: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado!” (Mt. 6,33). Somos chamados a abrir nossa existência, abrir nosso coração, nossa vida, nossos valores para o Cristo que nos traz o Reino do Pai do Céu! Mas somente poderemos acolhê-lo de fato se nos colocarmos diante dele com um coração de pobre, com a consciência de que precisamos realmente do Senhor, que, sozinhos, não nos realizaremos, não seremos felizes, não alcançaremos a verdadeira vida!
É triste perceber hoje quantos cristãos se sentem tão à vontade nessa sociedade consumista, secularizada, pagã e satisfeita consigo própria. Esses, infelizmente, jamais experimentarão a doçura do Reino, que somente poderá ser compreendido por quem chorou, quem teve fome e sede de justiça (isto é de amizade com Deus), quem foi puro, que foi perseguido... É por isso que tantas vezes ouviremos, nos domingos deste ano, o Senhor afirmar que somente poderá compreender e acolher o Reino quem tiver um coração de pobre.

Convertamo-nos! Levemos a sério que o modo de pensar e sentir de Deus não são o nosso! Tenhamos a coragem de nos deixar por Cristo. São Jerônimo, comentando a atitude dos quatro primeiros discípulos chamados pelo Senhor, afirma: “A verdadeira fé não conhece hesitação: imediatamente ouve, imediatamente crê, imediatamente segue...” Seja assim a nossa fé no Senhor, seja assim nossa adesão ao nosso Salvador! Então, seremos felizes de verdade, porque perceberemos que o que Cristo nos trouxe é uma Boa Notícia, a melhor de todas: Deus nos ama, caminha conosco e, no seu bendito Filho, nos convida à amizade íntima com ele, nesta vida e por toda eternidade!

ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Amém!