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sábado, 31 de dezembro de 2011
INFORMATIVO INFA – PORQUE A IGREJA NÃO QUER E NÃO PODE ABOLIR O CELIBATO
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Para debate:
“O homem só amadurece sob o olhar da mulher e a mulher sob o olhar do homem. Homem e mulher são recíprocos e complementares.”
PORQUE A IGREJA NÃO QUER E
NÃO PODE ABOLIR O CELIBATO
Leonardo Boff - Teólogo, Escritor
Leonardo Boff |
O levantamento dos padres pedófilos em quase todos os países da cristandade católica está ainda em curso, revelando a extensão deste crime que tantos prejuízos têm provocado em suas vítimas. É pouco dizer que a pedofilia envergonha a Igreja, pedir desculpas e fazer orações. É pior. Ela representa uma dívida impagável àqueles menores que foram abusados sob a capa da credibilidade e da confiança que a função de PADRE encarna.
A tese central do Papa Ratzinger que cansei de ouvir em suas conferências e aulas vai por água abaixo. Para ele, o importante não é que a Igreja seja numerosa. Basta que seja um “pequeno rebanho”, constituído de pessoas altamente espiritualizadas. Ela é um pequeno “mundo reconciliado” que representa os outros e toda a humanidade. Ocorre que dentro deste pequeno rebanho há pecadores criminosos e é tudo menos um “mundo reconciliado”. Ela tem que humildemente acolher o que dizia a tradição: a Igreja é santa e pecadora e é uma “casta meretriz” como diziam alguns Padres antigos. Não é suficiente ser Igreja. Ela tem que trilhar, como todos, pelo caminho do bem e integrar as pulsões da sexualidade que já possui um bilhão de anos de memória biológica, para que seja expressão de enternecimento e de amor e não de obsessão e de violência contra menores.
O escândalo da pedofilia se constitui num sinal dos tempos atuais. Do Vaticano II (1962-1965) aprendemos que cumpre identificar nos sinais uma interpelação que Deus nos quer transmitir. Vejo que a interpelação vai nesta linha: está na hora de a Igreja romano-católica fazer o que todas as demais Igrejas fizeram: abolir o celibato imposto por lei eclesiástica e liberá-lo para aqueles que vêem sentido nele e conseguem vivê-lo com jovialidade e leveza de espírito. Mas esta lição não está sendo tirada pelas autoridades romanas. Ao contrário, apesar dos escândalos, reafirmam o celibato com mais vigor.
Sabemos como é insuficiente a educação para a integração da sexualidade no processo de formação dos padres. Ela é feita longe do contacto normal com as mulheres, o que produz certa atrofia na construção da identidade. As ciências da psiqué nos deixaram claro: o homem só amadurece sob o olhar da mulher e a mulher sob o olhar do homem. Homem e mulher são recíprocos e complementares.
O sexo genético-celular mostrou que a diferença entre homem e mulher em termos de cromossomas, se reduz a apenas um cromossoma. A mulher possui dois cromossomas XX e o homem um cromossoma X e outro Y. Donde se depreende que o sexo-base é o feminino (XX), sendo o masculino (XY) uma diferenciação dele. Não há, pois um sexo absoluto, mas apenas um dominante. Em cada ser humano, homem e mulher, existe “um segundo sexo”. Na integração do “animus” e da “anima”, vale dizer das dimensões de feminino e do masculino presentes em cada ser humano, se gesta a maturidade sexual.
Esta integração vem dificultada pela ausência de uma das partes, da mulher, que é substituída pela imaginação e pelos fantasmas que se não forem submetidos à disciplina podem gerar distorções.
O que se ensinava nos seminários não é sem sabedoria: quem controla a imaginação, controla a sexualidade. Em grande parte, assim é. Mas a sexualidade possui um vigor vulcânico. Paul Ricoeur que muito refletiu filosoficamente sobre a teoria psicanalítica de Freud reconhece que a sexualidade escapa ao controle da razão, das normas morais e das leis. Ela vive entre a lei do dia onde valem as regras e os comportamentos estatuídos, e a lei da noite onde funciona a pulsão, a força da vitalidade espontânea. Só um projeto ético e humanístico de vida (o que queremos ser) pode dar direção à sexualidade e transformá-la em força de humanização e de relações fecundas.
Neste processo o celibato não é excluído. Ele é uma das opções possíveis que eu defendo. Mas o celibato não pode nascer de uma carência de amor, ao contrário, deve resultar de uma superabundância de amor a Deus que transborda aos que estão à sua volta.
Por que a Igreja romano-católica não dá um passo e abole a lei do celibato? Porque é contraditório à sua estrutura. Ela é uma instituição total, autoritária patriarcal, altamente hierarquizada e um dos últimos bastiões de conservadorismo no mundo. Ela abarca a pessoa do nascimento à morte. O poder conferido ao Papa, para uma consciência cidadã mínima, é simplesmente tirânico. O cânon 331 é claro. Trata-se de um poder “ordinário, supremo, pleno, imediato e universal”. Se riscarmos a palavra Papa e colocarmos Deus, funciona perfeitamente. Por isso se dizia: “o Papa é o deus menor na terra”, como muitos canonistas afirmaram. Uma Igreja que coloca o poder em seu centro fecha as portas e as janelas para o amor, a ternura e o sentido da compaixão.
O celibatário é funcional a este tipo de Igreja, porque ela nega ao celibatário aquilo que o faz mais profundamente humano, o amor, a ternura, o encontro afetivo com as pessoas, o que seria mais facilmente propiciado se os padres estivessem casados. Eles se tornam totalmente disponíveis à instituição que ora pode mandá-los para Paris ora pode enviá-los à Coréia do Sul. O celibato implica cooptar o sacerdote totalmente a serviço, não da humanidade, mas deste tipo Igreja. Ele só deverá amar a Igreja. Quando descobre que ela não é apenas “a santa madre Igreja”, mas pode ser madrasta que usa seus ministros para a lógica do poder, se decepciona, deixa o ministério com o celibato obrigatório e se casa. Enquanto esta lógica de poder absolutista e centralizador perdurar, não esperemos que a lei do celibato seja abolida por mais escândalos que aconteçam. O celibato é muito cômodo e útil para ela.
Mas como fica o sonho de Jesus de uma comunidade fraterna e igualitária? Bem, isso é um outro problema, talvez o principal. A partir dele colocaríamos diferentemente a questão do celibato e do estilo de Igreja que seria mais adequado ao sonho do Nazareno.
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores
e não representam necessariamente a opinião do MFC.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
MFC-AL DEFINE QUE REUNIÃO DO CONDIR-NE SERÁ EM MARECHAL DEODORO-AL
Rancho Pé de Pinhão será o local da reunião do CONDIR/NE |
A coordenação do Movimento Familiar Cristão de Alagoas, na qualidade de anfitrião, definiu que a 4ª Reunião Administrativa da Gestão 2010/2013 do CONDIR/NE - Conselho Diretor Regional Nordeste do Movimento Familiar Cristão se realizará no período de 14 a 15 de abril de 2012 no RANCHO PÉ DE PINHÃO, na Cidade de Marechal Deodoro, primeira Capital de Alagoas e terra do primeiro presidente da República Federativa do Brasil.
O Conselho se reunirá em Marechal Deodoro para avaliar o desempenho do MFC, estabelecer metas e trocar informações referentes às atividades mefecistas no âmbito regional para que possa haver sucesso nas metas planejadas.
Participam da reunião os mefecista James e Fátima (coordenadores regional e estadual Alagoas), Vamberto e Marly (vice-coordenadores regional), Jorge e Penha (Sercom), Florisval e Eliana (Serfin), Pe. Arnaldo (assessor eclesiástico), José Newton e Ariadna (ex-coordenadores regionais), Alexsandra e Joel (coordenadores estadual Bahia), Mário e Liliana (coordenadores estadual Ceará) e Luiz Antônio e Maria José (coordenadores estadual Sergipe) e os demais integrantes do MFC/NE comprometidos com sua caminhada.
Os mefecistas visitantes terão a oportunidade de conhecer as belezas e a cultura da Cidade Histórica de Marechal Deodoro e estar numa propriedade com muito verde, rica fauna e flora.
O RANCHO PÉ DE PINHÃO, bastante conhecido dos mefecistas maceioenses, tornou-se um local de agradáveis encontros. Encontros familiares e encontros entre amigos, regado à boa conversa e a típica comida nordestina. O local dispõe de infra-estrutura para cursos, simpósios, congressos, conferencias, reuniões empresariais, casamentos, aniversários, treinamentos de empresas, grupos, retiros, confraternizações e diversos outros eventos.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
DEFINIDO TEMA E LEMA DO 18º ENA
A Equipe de Metodologia e Conteúdo do 18º ENA – ENCONTRO NACIONAL DO MFC que se realizará em 2013, na Cidade de Vitória da Conquista – BA, esteve reunido em Curitiba - PR, para a 1ª reunião de trabalho.
A equipe recebeu da Coordenação Nacional as sugestões de “Tema” e “Lema” para o próximo ENA que foram enviadas por mefecistas de todas as regiões, e após trabalharem as opções, escolheram as seguintes:
TEMA:
Famílias: abram os olhos para os desafios do século XXI!
LEMA:
“Eu vim para que todos tenham vida, vida em abundância”. (Jo 10,10).
Participaram da 1ª Reunião da Equipe de Metodologia e Conteúdo os mefecistas: Jean (Condir Norte); José Newton e Ariadna (Condir Nordeste); Miguel e Cleimara (Condir Sudeste); Toninho e Claire (Condir Sul); Luis e Gicelma (Condir Centro Oeste); Jorge Leão (MFC Jovens - Norte); Geni e Emilio (SENFOR); Hildo (Infraestrutura ENA); Eduardo e Ismari, Antonio Carlos e Ângela, Gilson e Lourdes, Germano e Sandra (Coordenação Nacional).
ENA – ENCONTRO NACIONAL
O ENA - ENCONTRO NACIONAL DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO é um evento realizado a cada três anos e reúne integrantes do MFC de todo Brasil, para uma semana de estudos e reflexões sobre as ações do MFC enquanto movimento de igreja. Para a realização de um Encontro Nacional efetuam-se pesquisas e estudos ao longo da fase que antecede o encontro, denominados Estudos pré-ENA. Tais atividades, propostas pela Equipe de Metodologia e Conteúdo e realizadas pelas Equipes Base de todo o Brasil, visam levantar, analisar e avaliar previamente as principais dificuldades com as quais o MFC e as famílias que o integram se defrontam cotidianamente; são desafios que as mais diversas realidades brasileiras – e mundiais - impõem à vida das famílias cristãs deste século e que influem decisivamente sobre elas. Tiveram e ainda têm a finalidade de permitir o planejamento das atividades e o desenvolvimento do próprio ENA e possibilitam a utilização da Metodologia Participativa, elementos necessários ao desenvolvimento dos trabalhos do ENA na busca da valorização e da preservação das famílias e nos enfrentamentos aos ataques provenientes de todos os campos sociais: político, religioso, econômico, etc.
Durante a realização do encontro os Estudos pré-ENA, que carregam a visão local que cada Equipe Base tem dos desafios impostos pela sociedade global, tornar-se-ão um importante referencial para os estudos e debates que se efetuarão ao longo dos cinco primeiros dias do ENA. Integrantes de todas as regiões brasileiras tornarão a se debruçar sobre os mesmos problemas, mas agora com a finalidade de integrar as visões e realidades locais dos mesmos desafios já debatidos. Esta é a maior riqueza de um ENA que, por isso mesmo, constitui-se em um dos momentos fortes de crescimento e de revigoramento do MFC em terras brasileiras. É uma de suas místicas e está repleto de seus Carismas.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
SERENATA DE NATAL DO MFC SE APRESENTA NO NATAL PAZ E BEM DE BAGÉ-RS
Serenata de Natal do MFC animou o "Natal Paz e Bem" de Bagé-RS |
A SERENATA DE NATAL do Movimento Familiar Cristão de Bagé – Rio Grande do Sul se apresentou na quarta-feira, dia 21, na Praça Silveira Martins, com os freis capuchinhos promovendo as bênçãos para milhares de pessoas no "NATAL PAZ E BEM".
O evento contou com a presença do Bispo Diocesano, Dom Gilio Felício e de várias autoridades eclesiástica e também de autoridades do executivo e legislativo municipal.
São Francisco de Assis deu um novo significado para o Natal, no ano de 1223 em Greccio, quando ele fez a encenação do nascimento de Jesus, nascendo assim o primeiro presépio. Frei Celano nos descreve a experiência daquela noite: "A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova". Frei Álvaro Bordignon, completou: "Esse mistério renovado é que queremos sentir em Bagé, o Natal é uma festa Cristã, precisamos devolver esse significado cristão para Bagé e para as pessoas".
O evento iniciou-se as 16 horas e foi concluído as 21 horas com a presença de mefecistas e da comunidade de Bagé que aplaudiu a apresentação da SERENATA DE NATAL DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
MFC RIO GRANDE-RS LEVA MÚSICA E MENSAGEM DE NATAL À COMUNIDADE
Igreja Nossa Senhora do Carmo - Rio Grande |
Na sexta-feira, 23, os membros do Movimento Familiar Cristão do Rio Grande – Rio Grande do Sul saíram por volta das 19 horas, da Igreja Nossa Senhora do Carmo e percorreu todo o calçadão do centro da Cidade, tocando e cantando canções natalinas e entregando mensagens às pessoas nas lojas e a quem encontrou pelo caminho.
O objetivo foi de levar a mensagem de amor, partilha, alegria e agradecimento pela vinda do Deus Menino, Jesus Cristo, que se comemorou em 25 de dezembro, dia do Natal.
Foi mais um momento de integração entre os membros do Movimento Familiar Cristão e a comunidade cristã do Rio Grande.
ENCONTRO DE NOIVOS
Encontro de Noivos de Rio Grande - RS |
De 13 a 15 de dezembro, na Casa de Formação, o MFC RIO GRANDE promoveu o último ENCONTRO DE NOIVOS de 2011 com excelente participação de noivos.
O ENCONTRO DE NOIVOS teve a coordenação de José Eduardo (Equipe Esperança); Secretaria: Norma (Equipe Cristo Rei); Casal Espiritualidade: Enerson e Verônica (Equipe Deus nos Acompanha); Casais Assessores: Jorge e Edenir (Equipe Deus nos Acompanha).
Os assuntos debatidos durante o Encontro de Noivos tiveram como palestrantes os casais: Tema: FAMÍLIA, IGREJA DOMESTICA - com Rogério e Beth (Equipe Ramos da Videira); Tema: AMOR E VIDA A DOIS – com Jairo e Fátima (Equipe Esperança); Tema: HARMONIA SEXUAL E ASPECTOS BIOLÓGICOS – com Cleiton e Luciana (Equipe Filhos da Luz); Tema: SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO – com Maiato e Liliane (Equipe Nossa Senhora de Fátima).
No apoio, trabalharam os membros da EQUIPE FILHOS DA LUZ: Mauro e Kitty, Márcio e Viviane, Giovana e Edison, e Idanir e Márcia.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
MFC PARTICIPA DAS FESTIVIDADES NATALINAS DE PIRASSUNUNGA-SP
O Movimento Familiar Cristão de Pirassununga – São Paulo participa das FESTIVIDADES NATALINAS da praça central onde as fontes luminosas e as árvores de Natal enfeitaram o local, fazendo do mesmo o “Cartão de Natal” dos pirassununguenses.
Na Casa do Papai Noel, na EMAIC Castelinho aconteceu à apresentação da Corporação Musical Pirassununguense, do Coral do Movimento Familiar Cristão – MFC, e na parte cultural aconteceu à apresentação do Grupo de Danças Parafolclóricas e a Banda Acordes.
Na terça-feira, 20, o palco da Praça Conselheiro Antonio Prado recebeu a banda Vive Le Rock, tocando e cantando o melhor do rock no estilo natalino.
Ainda na EMAIC Castelinho, o público pode conferir o presépio vivo da Comunidade Santo Antônio Cavalheiro, além de usurfluir gratuitamente de brinquedos como o balão pula-pula, piscina de bolinhas e camas elásticas. Houve distribuição de pipocas de algodão doce.
No último dia do ano, 31 de dezembro, acontecem na praça central a Grande Festa da Virada. O Réveillon 2011/2012 de Pirassununga terá este ano a animação da banda Garagem Mix. À meia noite, durante o show pirotécnico, todos serão convidados a participar do “Abraço da Paz”.
domingo, 25 de dezembro de 2011
CORREIO MFC BRASIL 278
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O próprio termo Natal significa nascimento e, portanto, vida nova. O comércio faz das festas natalinas uma incessante repetição das mesmas músicas, mesmos tipos de ornamentação e até os mesmos artigos de consumo. Ao contrário, a festa cristã do Natal não deve ser apenas a repetição de outros natais que já vivemos e sim celebração de uma nova e atual visita divina à humanidade.
PARA UM NATAL NOVO E FELIZ
Marcelo Barros - Monge Beneditino e Escritor
O Natal não é o aniversário do nascimento de Jesus, visto que ninguém sabe o dia exato em que ele nasceu. Os cristãos antigos transformaram a festa do solstício do inverno na festa do nascimento de Jesus para testemunhar que, através de Jesus, o próprio Deus veio assumir nossa história e trazer ao mundo o seu projeto de paz, justiça e amor.
Atualmente, o Natal tomou uma dimensão maior do que a celebração cristã. Mesmo entre pessoas não religiosas ou de outras tradições, o Natal se tornou ocasião de confraternização e unidade. Uma vez, em Caracas, na porta de uma mesquita, vi um cartaz, através do qual os muçulmanos desejavam a todos que passassem por ali um feliz Natal. Nessa época, é comum as famílias se encontrarem. Mesmo irmãos que moram longe uns dos outros viajam à casa dos pais para passar o Natal outra vez juntos. As mães e pais têm alegria de preparar a casa para receber os filhos que nesses dias voltam ao aconchego familiar. No âmbito da fé, a celebração do Natal tem este mesmo espírito: preparar a casa e o coração para acolhermos o mistério de amor (que as religiões chamam de Deus) e que se oferece ao nosso alcance.
Neste Natal, a casa da humanidade está pouco preparada. Uma grave crise de civilização assola o mundo. Em todos os continentes, a pobreza e a injustiça aumentaram. Nas casas, as pessoas enfeitam salas e armam presépios, mas Jesus continua a dizer: "É quando vocês socorrem um pequenino que acolhem a mim” (Mt 25, 31 ss).
Na América Latina, há muitos sinais de mudanças. Vários países aprovaram novas constituições políticas. Pela primeira vez na história, os mais pobres estão sendo sujeitos ativos de um processo de transformação social e política que não se limita a figuras importantes como o presidente da República ou tal chefe político. O processo envolve grupos e comunidades de pessoas pobres, índios, lavradores e gente de periferia urbana. Em vários países, dificilmente isso teria ocorrido se não tivesse sido preparado pela participação de cristãos nos grupos e movimentos sociais. Apesar de muitos sofrimentos e de contradições inerentes a todo processo deste tipo, para muitos latino-americanos, neste ano, isso significa poder celebrar um Natal novo e renovador.
Muitos se negam a crer em qualquer novidade e outros torcem o nariz procurando defeitos e erros nestes processos sociais e políticos. O profeta João escreveu: "nós somos as pessoas que acreditam no amor” (1 Jo 3). Este Natal vem como uma interpelação para que cada pessoa se reveja e responda: "Como você está de utopia?”
O Natal nos chama para revigorarmos em nós a capacidade de crer, esperar e preparar a realização do projeto divino nesse mundo. Esta é a proposta de Jesus. Quando o evangelho nos diz "a palavra se fez carne” (Jo 1, 14), está nos convidando a sermos cada vez mais humanos, como ele, Jesus. Carlos Drummond de Andrade interpretava isso ao dizer que, no Natal, imaginava o verbo outrar que, precisaria ser inventado na língua portuguesa. No Natal, uma das músicas cantadas pelas comunidades eclesiais de base no Centro-oeste foi composta por um lavrador do Pará. Tem como refrão: "Dentro da noite escura, da terra dura do povo meu, nasce uma luz radiante, no peito errante, já amanheceu”.
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do MFC.
LITURGIA DO NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - 25/12/2011
“DE SUA PLENITUDE RECEBEMOS
GRAÇA SOBRE GRAÇA!”
Natal! Deus nasce no meio da gente, feito gente como nós. Traz consigo a plenitude da divindade. Vem para partilhar da nossa vida humana e para nos fazer partilhar da sua vida divina, graça sobre graça. Vem construir comunhão de vida entre o divino e o humano, através da força do amor. Que a nossa celebração seja acolhimento alegre e agradecido desse imenso dom, que se renova em cada Natal.
NATAL DE NOSSO SENHOR
JESUS CRISTO
1ª Leitura: Is 52, 7-10
Salmo Responsorial: 97
2ª Leitura: Hb 1, 1-6
Evangelho: Jo 1, 1-18
EVANGELHO – JOÃO 1, 1-18
1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus.
2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mais veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade.
15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”.
16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.
18A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. — Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
HOMILIA – Dom Henrique Soares da Costa
“Um Menino nasceu para nós: um Filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado ‘Mensageiro do Conselho de Deus’”. Estas palavras, lidas na leitura da Missa da Noite, dão bem o sentido da presente celebração. Nasceu para nós um Menino; foi-nos dado um Filho! Vamos encontrá-lo pobrezinho e frágil, deitado na manjedoura, alimentado por uma Virgem Mãe, guardado por um pobre carpinteiro. Mas, quem é este Menino? Quem é este Filho? Agora, com o sol já claro e alto, podemos enxergar melhor o Mistério: meditemos bem sobre o que celebramos na noite de ontem para hoje, no que professamos neste dia tão santo!
Este menininho, a Escritura nos diz que ele é a Palavra eterna do Pai: esta Palavra “no princípio estava com Deus... e a Palavra era Deus”. Esta Palavra, que dorme agora no presépio, depois de ter mamado, é aquela Palavra poderosa pela qual tudo que existe foi feito, “e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”. Esta Palavra tão potente, feita tão frágil, esta Palavra que sempre existiu e que nasceu na madrugada de hoje, esta Palavra que é Deus, feita agora recém-nascido, é a própria Vida, e esta Vida é a nossa luz, é a luz de toda humanidade. Fora dela, só há treva confusa e densa! Sim, fora do Deus feito homem, do Emanuel, não há vida verdadeira! O Autor da Carta aos Hebreus, na segunda leitura, diz que, após ter falado aos nossos pais de tantos modos, Deus, agora, falou-nos pessoalmente no seu Filho, “a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo”; somente a ele, o Pai disse: “tu és o meu Filho, eu hoje te gerei!” Por isso, somente eles nos dá o dom da vida do próprio Deus!
Eis o mistério da festa de hoje: nesta criancinha nascida para nós, Deus visitou o seu povo, Deus entrou na humanidade. Que mistério tão profundo: ele, sem deixar de ser Deus, tornou-se homem verdadeiramente. Deus se humanizou! Veio desposar a nossa condição humana, veio caminhar pelos nossos caminhos, veio experimentar a dor e a alegria de viver humanamente: amou com um coração humano, sonhou sonhos humanos, chorou lágrimas humanas, sentiu a angústia humana... Ele, Filho eterno do Pai, tornou-se filho dos homens para salvar toda a humanidade, “tornou-se de tal modo um de nós, que nós nos tornamos eternos!”
Ó criatura humana, por que temes com a vinda do Senhor? Ele não veio para julgar ninguém. Não nasceu para condenar. Por isso ele apareceu como criancinha e não como um rei potente; pode ser encontrado na manjedoura, não no trono. Seu chorinho é doce, não afugenta ninguém. Sua mãe enfeixou seus bracinhos frágeis: por que ainda temes? Ele não veio armado para punir. Ele está aí franzino para ficar junto de nós e nos libertar! Celebra, pois, a chegada do teu maior Amigo! Canta Aquele que foi sempre, no sono e na vigília, esperado e ansiado, o guarda de Israel, o consolo da humanidade, o alento do nosso coração. Ele chegou, finalmente! Chegou para nunca mais nos deixar, porque desposou para sempre a nossa pobre humanidade! São Jerônimo, com palavras cheias de ternura, medita sobre este mistério: “O Cristo não encontra lugar no Santo dos Santos, onde o ouro, as pedras preciosas, a seda e a prata reluziam: não, ele não nasce entre o ouro e as riquezas, mas nasce num estábulo, na lama dos nossos pecados. Ele nasce num estábulo para reerguer os que jazem no meio do estrume: ‘Ele retira o pobre do estrume’. Que todos os pobres encontrem nisso consolo! Não havia outro lugar para o nascimento do Senhor, a não ser um estábulo; um estábulo onde se achavam amarrados bois e burros! Ah! Se me fosse dado ver este estábulo onde Deus repousou! Na realidade, pensamos honrar o Cristo retirando o presépio de palha e substituindo-o por um de prata... Para mim tem mais valor justamente o que foi retirado: o paganismo merece prata e ouro. A fé cristã merece o estábulo de palha. Pois bem! Ouvimos a criança choramingar no estábulo: adoremo-la, todos nós, no dia de hoje. Ergamo-la em nossos braços, adoremos o Filho de Deus. Um Deus poderoso, que por longo tempo, bradou alto dos céus e não salvou ninguém: agora choramingou e salvou. A elevação jamais salva; o que salva é a humildade! O Filho de Deus estava no céu, e não era adorado; desce à terra e passa a ser adorado. Mantinha sob seu domínio o sol, a lua, os anjos, e não era adorado; nasce na terra, homem, homem completo, integralmente homem, a fim de curar a terra inteira. Tudo o que não assumisse de humano, também não salvaria...”
É este o mistério do Santo Natal! Tenhamos o cuidado de não parar nas aparências, de não ficarmos somente na meiga cena do Menino, com a Virgem e são José! Este Menino é o Emanuel, o Deus-conosco! Este Menino veio como sinal de contradição, pois diante dele ninguém pode ser indiferente: ou se o acolhe, ou se o rejeita: “A Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos os que a acolheram, deram a capacidade de se tornarem filhos de Deus...” Pois bem: acolhamo-la, a Palavra que se fez Menino, Filho que nos foi dado! Se o acolhermos de verdade, na pobreza do dia-a-dia, no esforço de uma vida santa, então poderemos cantar com o salmista: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!”
Vamos todos! Sejamos testemunhas da graça deste dia, da novidade desta festa. E cumpram-se em nós as palavras da Escritura na leitura da missa de hoje: “Como são belos, sobre os montes, os pés do mensageiro que anuncia a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação e diz a Sião: o teu Deus reina! O Senhor consolou o seu povo! O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus”. Sejamos mensageiros dessa paz, dessa boa nova, sejamos testemunhas do Menino, irradiemos a graça do Santo Natal!
“Um Menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado ‘Mensageiro do Conselho de Deus’” (Is. 9,6).
Na noite de ontem, na madrugada deste hoje, contemplamos como Igreja um mistério inaudito: um Menino nos nasceu, pobre e frágil de uma Virgem Mãe. Quantos vieram a esta igreja foram inundados pela paz desse Menino, descido do céu no meio da noite. Agora, passada a noite, vencida a aurora, com o sol já alto, aproximemo-nos, inclinemo-nos para ver melhor: Quem é Aquele que repousa nos braços da Virgem Maria?
Ele é o prometido aos nossos pais, ele é o anunciado pelos profetas, ele é o esperado por Israel: “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo”. Atenção! Este Menino não é simplesmente humano, não é uma pessoa qualquer: por ele o Pai criou o universo! Escutai: “Ele é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Ele foi sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas”. Só a ele o Pai diz: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei!” Caríssimos, ele, esse Menino, não é um mensageiro de Deus, não é um portador qualquer: Ele é a própria Palavra de Deus; aquela pela qual o Pai criou tudo. Escutai, pasmos de admiração: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava com Deus. Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”. Compreendei, sem sombra de dúvidas, sem rastro de hesitação: esse Menino é Deus! Essa Palavra, esse Filho, esse Menino é a fonte de toda a vida do mundo,é a fonte da nossa vida e o único que pode saciar o nosso coração. Ouvi ainda: é sobre a Palavra! “Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens!” Ela, a Palavra, o Verbo, veio para nos iluminar, veio assumir a nossa vida humana para nos encher da sua vida divina; ele tomou o que é nosso – fraqueza, mortalidade, fragilidade – para dar-nos o que é seu – força, imortalidade, vigor! Ele veio para encher a nossa vida de graça e de verdade, num mundo que nos ameaça com tantas desgraças e com uma vida ilusória e mentirosa...
Pois, que sejas bem-vindo, Santo Menino! Que sejas bem-nascido, ó Santo Emanuel, Deus-conosco! Pensando em ti, repetimos com unção as palavras de Santo Isaías profeta: “Como são belos andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação e diz a Sião, diz à Igreja: ‘Reina o teu Deus’! O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus”.
Mas, caríssimos, neste dia de tanta luz e paz, a mesma Palavra de Deus que nos enche de doçura traz uma nota de treva, traz já uma ponta de cruz. Ouvi com cuidado e sábio realismo: “A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram!” É quase inacreditável, mas ainda hoje – e sobretudo hoje! - estas palavras são tristemente verdadeiras! O mundo aí fora não acolheu Aquele que nasceu para nós; o mundo continua envolto em trevas; Maceió continua envolta em trevas! Basta que saiamos daqui e veremos como a nossa paz será desmentida pela futilidade, pela decadência moral, pela soberba prepotente de um mundo cheio de si e satisfeito com sua própria treva! O mundo não o acolheu – que dura e cruel realidade! O mundo o perseguiu por Herodes, o exilou na fuga para o Egito, o mundo o contestou nos escribas e fariseus, o mundo o julgou e condenou como blasfemo em Caifás, como louco em Herodes Antipas, o mundo lavou as mãos ante ele e o crucificou em Pilatos! O mundo ainda hoje nele cospe com o aborto e o desprezo pela vida humana, o mundo o flagela com o consumismo e a impiedade, o mundo o crucifica com a imoralidade e a destruição da família... Que Mistério de piedade: Deus veio a nós, nasceu para nós! Que Mistério de iniqüidade: o mundo o rejeitou, o mundo o desprezou, o mundo o renegou, o mundo transformou o seu Natal numa festa de consumo porco e desprezível!
Mas, nós, cristãos, temos a graça de acolhê-lo, de contemplá-lo, de nele crer, de ouvir sua Palavra e comungar com imensa alegria e gratidão seu Corpo e Sangue nascido, morto e ressuscitado por nós! É verdade que o mundo não o acolheu, mas, ouvi: “A todos que o receberam, deu-lhes a capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo!” São para nós estas palavras estupendas! Por que nele cremos, porque o acolhemos, nascemos nas águas do Batismo, recebemos o seu Espírito Santo e fomos tornados filhos de Deus, filhos nele, o Filho unigênito e bendito!
Eis, irmãos, quão grande é, por causa dele, a nossa dignidade; quão grande nossa esperança, quão grande nossa responsabilidade! Não reneguemos com o nosso modo de viver a realidade tão grande que nos foi dada! E, como por nós mesmos, nada podemos, a não ser sermos infiéis, terminemos essa meditação com a oração da segunda Missa da Solenidade de hoje, a Missa que a Igreja celebrou na Aurora, quando o céu começava a clarear: “Ó Deus onipotente, agora que a nova luz do vosso Verbo encarnado invade o nosso coração, fazei que manifestemos em ações o que brilha pela fé em nossas mentes!” Pedimos por Aquele que, nascido eternamente do vosso seio como Deus, hoje nasceu, humano, da Virgem Maria, como o sol nasce da aurora. Ele, que é Deus convosco pelos séculos dos séculos.
Mais uma vez, caríssimos, a volta do ano trouxe-nos a santa celebração do Natal do Senhor nosso Jesus Cristo. Historicamente, o natalício do Cristo nosso Deus ocorreu há dois mil anos atrás; no entanto, na potência do Santo Espírito, o Natal acontece hoje misticamente, nos santos mistérios que celebramos com piedade e unção. Cada um de nós que participa desta celebração sagrada, conserve no coração esta certeza: nos gestos, nas palavras, nos ritos da Santa Liturgia, a graça do santo Natal do Senhor faz-se realmente presente e verdadeiramente inunda a nossa vida! Para nós, aqui reunidos, o Natal é hoje, o Natal é agora!
Assim, podemos cheios de admiração, escutar o Evangelho que nos anuncia: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós!” Em outras palavras: o Filho eterno do Pai, Luz gerada da Luz, Deus verdadeiro gerado eternamente do Deus verdadeiro, para salvar o mundo com a sua piedosa vinda, hoje nasceu homem verdadeiro, homem entre os homens, de Maria, a Virgem! Caríssimos, quem poderia imaginar tal mistério, tal surpresa de Deus, nosso Senhor? A Liturgia oriental exclama, admirada: “Vinde, regozijemo-nos no Senhor, explicando o mistério deste Dia. A Imagem idêntica do Pai, o Vestígio de sua eternidade, toma forma de escravo, nascendo de uma mãe que não conheceu o casamento, e sem mesmo sofrer mudança! O que ele era, permaneceu: Deus verdadeiro; o que não era, ele assumiu: tendo-se feito homem por amor dos homens” (Grandes Vésperas do Natal). Eis o mistério: o Menino que nos nasceu para nós, o filho que nos foi dado, é Deus perfeito, é o Filho eterno, através de quem e para quem tudo foi criado no céu e na terra. Ele não é uma pessoa humana; é uma Pessoa divina, a segunda da Trindade. Este menininho é adorável: dever receber toda nossa adoração, toda nossa louvor, todo nosso afeto. No entanto, sendo Deus perfeito, hoje, ele saiu do seio da Sempre Virgem Maria, como verdadeiro homem, homem perfeito, com um corpo igual ao nosso, com uma alma igual à nossa, com uma vida para viver igual à nossa pobre existência! Quanto amor, quanta bondade, quanta humildade!
Neste Deus hoje nascido da Virgem, a nossa humanidade foi unida ao próprio Deus. Hoje a força do pecado começou a ser quebrada, hoje a doença da nossa natureza humana, tão propensa ao pecado, ganhou seu verdadeiro remédio, hoje, fazendo-se homem mortal, o Salvador nosso veio trazer a medicina que cura a nossa morte! Bendita seja a sua gloriosa vinda, o seu virginal nascimento! Adoremo-lo! Afirmemos com a Igreja, na sua santa Liturgia: “Foi depositado num estábulo Aquele que contém o universo. Ele descansa numa manjedoura e reina nos céus. É o Salvador dos séculos, o Rei dos Anjos, Aquele mesmo que a Virgem amamentava (Liturgia romana).
Por tudo isso, nunca percamos de vista a graça que recebemos pelo dom da fé! Vivemos num mundo confuso, de mentiras, de idolatrias, de confusão. O homem pensa poder fazer sozinho a sua vida, encontrar do seu modo a felicidade, fazer de seu jeito a sua própria existência. A Solenidade de hoje nos recorda que a humanidade precisa de um Salvador – e esse Salvador é Jesus, nosso Senhor! Ele é a nossa única Verdade, ele, o nosso único Caminho, ele, a verdadeira Vida! Não queremos outros mestres, não admitiremos outros senhores, não buscaremos outras verdades. Mais que nunca, nesta quadra tão difícil da história, quando o cristianismo e a Igreja de Cristo são tão caluniados e perseguidos, tão denegridos pelos meios de comunicação... hoje, quando ser cristão tem se tornado motivo de chacota e mangação, queremos, uma vez mais, e com todas as nossas forças, proclamar nossa total e incondicional adesão ao nosso Deus e Senhor Jesus Cristo! Por isso, amados nos Senhor, o Filho de Deus fez-se homem: para que o homem possa ver e ouvir claramente o que é ser homem, o que é viver de modo verdadeiramente digno, livre, maduro e feliz! O mundo nos propõe uma liberdade torpe, fundada nos caprichos, na loucura de fazer aquilo que se quer; o mundo nos tenta convencer que cada um é a sua própria medida, é o dono de sua própria vida; o mundo atual nos ensina a viver entregue às próprias paixões, aos próprios desejos... Aí estão: famílias destruídas, filhos sem pais, um rio de abortos e infelicidade, jovens sem esperança, uma sociedade sem valores nem critérios verdadeiramente dignos do homem criado à imagem de Deus... Mas, outro é o caminho que o Salvador hoje nascido nos aponta. Aprendamos com ele, o homem perfeito; sigamo-lo sem medo, coloquemos aos seus pés a nossa vida e a nossa liberdade, os nossos desejos e os nossos afetos. Deixemos que sua santa lei de amor e graça inunde nosso coração, penetre nas nossas famílias, modele o nosso modo de viver! Então, seremos realmente humanos, seremos realmente livres, seremos realmente felizes!
Alegremo-nos pela hodierna solenidade! “Que desapareça toda enfermidade: hoje, o Salvador apareceu. Não haja guerra, cale-se a discórdia: hoje, a verdadeira paz desceu do céu. Desapareça toda amargura: hoje por todo o universo os céus destilam mel. Fuja a morte, pois hoje a vida nos é dada do céu... Hoje, os cegos recobram a vista, os surdos ouvem, os coxos e os leprosos são curados, aqueles que estavam na tristeza estão na alegria, os enfermos encontram a saúde, os mortos ressuscitam. Somente o Diabo e seus demônios – e o mundo que os serve – tremem de cólera, pois sua derrota é a restauração do gênero humano. Hoje, o Cristo nos apareceu como Salvador” (Homilia de um Anônimo do século V).
Eis, pois, quantos motivos para nossa alegria, quantos, para nosso júbilo! Que pessoalmente e em família, celebremos de modo santo e devoto a Vinda do Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo, a quem seja dada a glória com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos.
ORAÇÃO
Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente estabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir nossa humanidade. Amém!
sábado, 24 de dezembro de 2011
PAPAI NOEL EXISTE FAZ A ALEGRIA DAS CRIANÇAS EM ALAGOAS
Vamberto e Marly realizam mais um PAPAI NOEL EXISTE |
Membros de diversos Grupos de Base do Movimento Familiar Cristão de Maceió - Alagoas participaram nesta sexta-feira, 23, do 9º PAPAI NOEL EXISTE, projeto idealizado pelo casal mefecista Vamberto e Marly (vice coordenadores estadual Alagoas) que distribui presentes às crianças carentes, fazendo a alegria daqueles que pouco ou nada têm.
O projeto PAPAI NOEL EXISTE é realizado com amigos de Vamberto e Marly vestidos de Papai e Mamãe Noel, distribuindo presentes às crianças carentes dos povoados do G7 - Tuquanduba, Manguinhos, Saco e adjacências - pertencentes ao município de Marechal Deodoro (AL).
Este ano, o projeto PAPAI NOEL EXISTE atendeu a aproximadamente mil crianças, com 15 casais vestidos de PAPAI e MAMÃE NOEL, distribuindo presentes às crianças carentes cadastradas uma semana antes.
Os voluntários que participaram do projeto PAPAI NOEL EXISTE se concentraram a partir das 6 horas no Rancho Pé de Pinhão, às 7 horas foi servido o Café da Manhã e às 8 horas os Papais e Mamães Noel saíram para a entrega dos presentes nas casas cadastradas. O almoço dos Papais e Mamães Noel e dos voluntários aconteceu por volta das 13 horas no refeitório do Rancho Pé de Pinhão.
No inicio da noite, as crianças e pais se reuniram no Povoado Tuquanduba, onde aconteceu apresentação de mensagens e reflexão de Natal, musicas natalinas, sorteio de diversos presentes para as mães das crianças e Papai Noel fazendo a alegria das crianças, distribuindo balas e pousando para fotos.
Às 20h30min, as famílias carentes dos povoados do G7 (aproximadamente 1.500 pessoas), participaram da CEIA DE NATAL, ouvindo musicas natalinas e assistindo no telão a retrospectiva de fotos das últimas edições do PAPAI NOEL EXISTE.
Vestidos de PAPAI E MAMÃE NOEL, participaram da 9ª Edição do PAPAI NOEL EXISTE os mefecistas Vamberto e Marly; Neto e Rita; Miguel e Patrícia Gondra; Alberto Sextafeira e Luciana; Rainey e Anamaria; e Luiz Hita e Ângela. E os amigos Edson Ferreira e Marta; Eraldo e Tânia; Gilson e Laura; Rui e Vilma; Wiliams e Nauva; Alaô e Luiza; João e Madalena; Jorge e Mirena; e Rostand e Fabiana.
O evento contou com a participação voluntária de diversos casais do Movimento Familiar Cristão em Alagoas.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
SOS INFA!
O INFA – INSTITUTO DA FAMÍLIA, fundado em 1971 pelo Movimento Familiar Cristão do Rio de Janeiro – RJ iniciou uma CAMPANHA DE DOAÇÕES para sanar as dificuldades financeiras que a entidade vem passando. Segundo a diretoria do INFA, as despesas mensais ultrapassaram as doações recebidas, estando o INFA em grave dificuldade.
O sustento econômico do INFA vem dos sócios contribuintes, que são absolutamente vitais para que o INFA atenda aos carentes que o procura. Neste ano foram mais de 30 mil sessões de terapias psicológicas e fonoaudiológicas oferecidas a 1.800 pessoas que não poderiam recorrer a clínicas particulares.
O INFA mantém 72 profissionais atuando nos três Centros de Atendimento com 18 salas de consultas e todos os horários ocupados de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas.
As contribuições dos sócios contribuintes é a única fonte de renda que permitirá ao INFA continuar suas atividades.
Qualquer pessoa pode ser SÓCIO CONTRIBUINTE DO INFA, contribuindo com qualquer valor, basta enviar uma mensagem para o e-mail: helioamorim@ism.com.br, informando nome, endereço (com CEP), e o valor da contribuição. Mensalmente será enviado um boleto para pagamento na rede bancária.
Outra forma de ajudar é fazer uma doação, na medida de suas possibilidades, depositando na conta do INFA – INSTITUTO DA FAMÍLIA, Banco Itaú, Agência 8417, Conta Corrente 07901-2.
O INFA conta com a ajuda da família mefecista para conseguir os recursos necessários e continuar a oferecer este atendimento de utilidade pública. Sem a ajuda, dificilmente o INFA poderá seguir adiante.
A Diretoria, Conselho e Gerentes do INFA são compostos de Airton e Solange Monteiro - Américo e Laura Ribeiro – Cacilda e Laércio Bruni – Cristina Tavares - Euny Silva - Helena Garcia - Jaída Chaves Lorenzon –Guilhermina dos Anjos – Leda e Hans Huhne – Mariana e Cyro Miranda – Malvina e Márcio Fonseca – Nancy e Fernando Loureiro - Rosângela e Mauro - Selma e Helio Amorim – Sérgio e Lúcia Dantas – Tereza e Nelson Stoller – Zilda e José Villela.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
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